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Arthur do Val é cassado e fica inelegível por 8 anos após falas machistas sobre ucranianas

Votação foi realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo contando com 73 votos a favor

Escrito por Redação ,
Legenda: Ele virou alvo da ação após ter declarado, em um áudio, que as mulheres ucranianas "são fáceis porque são pobres"
Foto: Reprodução/Facebook

O deputado estadual Arthur do Val (União Brasil) teve seu mandato cassado durante plenária da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Conforme o Uol, a votação foi encerrada com 73 votos a favor, zero abstenções e nenhum contra. Assim, o político conhecido como "Mamãe Falei", ficará inelegível por oito anos.

No dia 20 de abril, Arthur do Val renunciou ao cargo de deputado estadual de São Paulo, após o Conselho de Ética da Alesp aprovar, por unanimidade, processo que poderia provocar a cassação do seu mandato.

Na época, opositores avaliaram a manobra como uma tentativa de evitar a cassação. O caso aconteceu após Arthur ter áudios vazados com comentários sexistas sobre a aparência de mulheres ucranianas.

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Ainda segundo o Uol, o único caso de cassação analisado pelo Conselho de Ética ocorreu em 1999. A ocorrência aconteceu com o ex-deputado Hanna Garib, que teve o mandado cassado devido a acusações de envolvimento em esquemas de corrupção em São Paulo.

Polêmica

Arthur do Val gravou um áudio afirmando que as ucranianas "são fáceis, porque são pobres". Ele estava no país sob a justificativa de auxiliar a resistência local contra a invasão russa.

As mensagens de cunho machista e misógino feitas pelo deputado circulam nas redes sociais desde a noite do dia 4 de março e teriam sido enviadas a integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL).

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“São fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas ‘minas’, em dois grupos de ‘mina’. É inacreditável a facilidade. Essas 'minas' em São Paulo você dá bom dia e ela ia cuspir na sua cara e aqui são super simpáticas", diz o áudio.

De volta ao Brasil no dia 5 de março, o parlamentar reconheceu que o comentário "foi um erro, num momento de empolgação". Arthur admitiu aos jornalistas que suas falas na Ucrânia tiveram "tom jocoso e informal" e que ele não teria tido "tempo para fazer nada", nem mesmo tomar banho.

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