CPI da Covid-19 pode convocar Jair Bolsonaro para depor na comissão

Para que o chefe do Executivo seja chamado, deve a comissão aprovar o pedido requerido pelo senador Randolfe Rodrigues

Escrito por Redação ,
Jair Bolsonaro em posse do novo presidente do Equador em maio de 2021
Legenda: Na história do Brasil nunca um presidente da República foi chamado a falar em uma CPI.
Foto: AFP

Um requerimento para convocar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na condição de testemunha,  foi apresentado, nesta quarta-feira (26), pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) na CPI da Covid-19. 

Para que o chefe do Executivo seja chamado, deve a comissão aprovar o pedido, mas vários parlamentares concordam que não se pode convocar o presidente da República. Na história do Brasil nunca um presidente da República foi chamado a falar em uma CPI. 

Segundo Randolfe, é necessário que Bolsonaro explique os "graves fatos" que contribuíram para a morte de mais de 450 mil mortes causadas pela pandemia do novo coronavírus no Brasil. 

"A cada depoimento e a cada documento recebido, torna-se mais cristalino que o Presidente da República teve participação direta ou indireta nos graves fatos questionados por esta CPI", escreveu o político no requerimento. 

O parlamentar mencionou no pedido que o presidente da República "combate às medidas preventivas, como o uso de máscaras e o distanciamento social"; o estímulo a "medicamentos sem eficácia comprovada e à tese da imunidade de rebanho"; as omissões e falhas no fornecimento de oxigênio aos hospitais do Amazonas no começo do ano; as omissões na compra de insumos e medicamentos para as UTIs; as omissões na proteção dos índios e quilombolas.

O senador ainda citou o que chamou de "exemplos emblemáticos". O principal, segundo Randolfe, é o "o boicote sistemático à imunização da população, deixando de adquirir vacinas da Pfizer em 2020 e no primeiro trimestre de 2021, atacando a China e a vacina Coronavac, colocando em risco o fornecimento do IFA [ingrediente farmacêutico ativo] das duas principais vacinas aplicadas no Brasil". 

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