O diretor do Instituto Butantan Dimas Covas depõe, nesta quinta-feira (27), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura possíveis omissões do Governo Federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19. A instituição foi o primeiro centro a fornecer vacina contra o novo coronavírus à população brasileira. A sessão começa às 9h.
Entre outras questões, Dimas Covas deve ser questionado pelos parlamentares sobre as dificuldades que o Butantan vem enfrentando para produção do imunizante. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse ser necessário ter esclarecimentos sobre os motivos do atraso da entrega de insumos provenientes da China.
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maio 27, 2021 19:44 UTC
Fim da sessão
Senador Randolfe Rodrigues encerra o depoimento agradecendo ao Instituto Butantan pelo trabalho na produção da CoronaVac no Brasil.
Na terça-feira (1º), a CPI ouvirá a médica Nise Yamaguchi.
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maio 27, 2021 19:41 UTC
Sem apoio federal
Randolfe abriu exceção para perguntas do líder das minorias, senador Jean Paul Prates (PT-RN), que trouxe questões que circulam na internet sobre o diretor do Butantan. Dimas Covas respondeu que não é parente do ex-prefeito de SP, Bruno Covas, nem pertence ao partido de João Doria.
Questionado pelo senador se o Governo Federal atuou para "estimular" a produção de vacina, Covas respondeu que, "no caso do Butantan, especificamente, não". "Essa vacina não teve o apoio (federal) na hora que foi solicitado", frisou Covas.
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maio 27, 2021 19:34 UTC
Previsões sobre a Butanvac
Dimas Covas afirmou que os estudos clínicos sobre a Butanvac podem ter resultados em outubro. "E é possível, em outubro, obter uso emergencial da vacina", disse o diretor do Butantan sobre a vacina desenvolvida no instituto.
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maio 27, 2021 19:27 UTC
Última pergunta a Dimas Covas
Por determinação do presidente do Senado, que já iniciou a ordem do dia, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, chama o último senador para participar do depoimento, Fabiano Contarato (Rede-ES).
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maio 27, 2021 19:18 UTC
"Guerra" à Covid-19
Reforçando que o Brasil vive a pandemia é "uma guerra", Dimas Covas afirmou que "só vamos vencer essa guerra se tivermos um esforço nacional de todas as áreas".
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maio 27, 2021 18:37 UTC
Checagem de fatos
O relator da CPI, Renan Calheiros, afirmou que foi requisitado à Agência do Senado a designação de algumas pessoas para composição de grupo de checagem das informações ditas nos depoimentos. E citou que veículos de imprensa, como a Rede Globo e o Estadão, já dispõem de grupos de checagem e "estão anunciando o desejo" de atuar com a CPI.
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maio 27, 2021 18:29 UTC
Butanvac
Dimas Covas reforçou que a Butanvac, vacina que o Butantan vem desenvolvendo, "tem potencial muito grande". "Os países até os mais pobres que têm fábrica de vacina poderão produzir vacina para o Covid. A gente tem uma grande esperança", destacou Covas.
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maio 27, 2021 18:06 UTC
Sessão retomada
A reunião foi retomada na tarde desta quinta (27), logo após suspensão de 30 minutos.
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maio 27, 2021 16:54 UTC
Pausa na reunião
A reunião foi suspensa e deve retornar em 30 minutos. Em seguida, os senadores retornam para novas declarações do diretor do Butantan, Dimas Covas.
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maio 27, 2021 16:39 UTC
Modelo de vacinação
O diretor do Butantan afirmou que existe um estudo do instituto que analisa a possibilidade de um reforço anual na vacinação contra a Covid-19. Dessa forma, caso aprovado, novas aplicações seriam pensando para o ano que vem.
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maio 27, 2021 16:12 UTC
Eficácia da CoronaVac
Dimas Covas foi questionado pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE) sobre a eficácia da CoronaVac, citando morte do sambista Nelson Sargento. No entanto, Covas relatou que nenhuma das vacinas é capaz de garantir proteção total contra o coronavírus.
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maio 27, 2021 16:03 UTC
Falta de acordo
De acordo com Dimas Covas, vários países demonstraram interesse de comprar a CornaVac ainda em outubro de 2020, enquanto o governo federal seguia em indefinição de fechamento de contrato.
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maio 27, 2021 15:55 UTC
Disponibilidade de vacinas
O diretor do Instituto Butantan disse que, realisticamente, ainda há dificuldade no mundo em relação à disponibilidade de vacinas. "Existe muita demanda e a produção ainda não é suficiente para atender a todos", disse ao citar que vê com receio as previsões para chegada de novas doses no Brasil.
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maio 27, 2021 15:39 UTC
Relação entre China e Butantan
Dimas Covas também garantiu que, sob o conhecimento dele, nunca houve problema na relação entre a China e o Butantan sobre fornecimento de matéria-prima para produção de vacinas ou soros anteriormente. O problema teria acontecido apenas agora, durante a produção da vacina contra a Covid-19.
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maio 27, 2021 15:29 UTC
Tese da imunidade de rebanho
Segundo Covas, a tese da imunidade de rebanho já foi descartada há muito tempo. Ele afirma que as medidas de combate à pandemia são importantes, que a vacina é uma das ações necessárias, mas as já conhecidas e aprovadas devem ser mantidas
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maio 27, 2021 15:12 UTC
Transferência de tecnologia para o Butantan até 2022
Covas revela que até o primeiro trimestre de 2022 o Instituto Butantan será capaz de produzir integralmente a CoronaVac, com uma produção anual de 100 milhões de doses.
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maio 27, 2021 15:05 UTC
Segunda dose após intervalo de 28 dias
Covas explica que vacinação da segunda dose da CoronaVac posterior a 28 dias da primeira não invalida a imunização.
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maio 27, 2021 14:56 UTC
Relação entre Brasil e China influência no envio de IFA
Ao responder se seria o governo da China que atrapalha no envio de insumos ao Butantan, Covas nega e explica que o relacionamento entre os países é o que dificulta o envio.
"Usando as próprias palavras que o próprio embaixador chines disse: 'olha, as manifestações que não são tão favoráveis a China causam problemas no fornecimento'.[...] Então veja, quem solicita o melhor relacionamento com a China foi o próprio embaixador brasileiro, que foi lá tentar melhorar esse relacionamento. E isso, aparentemente, surtiu algum efeito tanto é que houve a liberação do [IFA]", responde.
Cerca de 3 mil litros de Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs) foram entregues ao Instituto Butantan nesta terça-feira (25). A chegada dos materiais possibilita o início da produção de 5 milhões de doses da vacina CoronaVac, contra a Covid-19.
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maio 27, 2021 14:27 UTC
Fim das perguntas do relator Renan Calheiros.
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maio 27, 2021 14:27 UTC
Politização da vacina contribuiu para quantidade de mortes no Brasil
Covas disse que a politização em torno da vacina, promovida pelo Governo Federal, contribuiu para o atraso da imunização da população brasileira e contribuiu para que o Brasil seja o segundo país em número de mortes causadas pela Covid-19.
“É necessária a oitiva do senhor Dimas Tadeu Covas para esclarecer todos os detalhes da atuação do Instituto Butantan desde o início da pandemia, especialmente com relação à produção de vacinas”, defende o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), autor do requerimento de convocação.
O imunizante CoronaVac é resultado da parceria entre o instituto com a fabricante chinesa de medicamentos Sinovac Biotech. A vacina começou a ser aplicada nos brasileiros em 17 de janeiro deste ano.
Legenda: Covas está à frente do Instituto Butantan desde 2017
Foto: divulgação
Durante o primeiro dia de depoimento do Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, no dia 19 de maio, ele foi diversas vezes questionado sobre falas do presidente Jair Bolsonaro contrárias à compra do fármaco produzido pelo Butantan.
No entanto, o militar negou que o chefe do Executivo tenha o pressionado contra a aquisição do imunizante. A afirmação de Pazuello foi contestada pelos parlamentares, como o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que disse que após crítica de Bolsonaro ao imunizante, o Ministério da Saúde cancelou a intenção de compra que havia anunciado.
O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou uma gravação com o presidente Bolsonaro dizendo que havia dado ordens para que não houvesse compra da CoronaVac.
Parceria com Sinovac
Professor titular de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, Dimas Covas está à frente do Instituto Butantan desde 2017.
Em junho de 2020, foi o responsável pelo acordo de colaboração firmado com a farmacêutica chinesa para o desenvolvimento clínico do imunizante contra a Covid-19.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a aplicação da CoronaVac no Brasil com base em resultados dos testes e estudos clínicos que começaram em julho de 2020 em seis estados e no Distrito Federal.
Conforme o Instituto Butantan, os resultados do estudo da fase 3 mostraram que nos casos graves e moderados a eficácia da CoronaVac é de 100%. Para os casos leves, 78% e, nos muito leves, 50,38%.
Até meados de maio, cerca de 70% das doses contra a covid-19 aplicadas no Brasil eram da vacina CoronaVac. Recentemente, o Instituto Butantan paralisou o envase do imunizante no país por falta de matéria-prima importada da China: o ingrediente farmacêutico ativo (IFA).
Com interrupções na produção da vacina e orientação do Ministério da Saúde para que os municípios utilizassem as doses guardadas para a segunda aplicação, como primeira dose, em muitas cidades enfrentam hoje atraso para a finalização vacinal com a segunda aplicação do imunizante.
Na CPI, senadores apontam que crises diplomáticas com a China, provocadas por declarações presidenciais, estão prejudicando o envio do IFA e atrasando a produção da vacina no país.