Programa Esperança Garcia oferta bolsas de até R$ 3 mil para ampliar número de negros na advocacia

O projeto pretende capacitar pessoas negras para concursos, oferecendo suporte e ferramentas necessárias para atuação na advocacia pública nacional

Escrito por Redação ,
Programa Esperança Garcia
Legenda: A seleção dos candidatos levará em conta critérios de vulnerabilidade socioeconômica, diversidade de gênero, orientação sexual, população quilombola, pessoas com deficiência e diversidade etária e regional
Foto: Shutterstock

O Programa Esperança Garcia, destinado a pessoas negras em curso preparatório para carreiras da advocacia pública, está com inscrições abertas para o preenchimento de 130 vagas. Os interessados podem se candidatar, de forma gratuita, até o dia 3 de abril por meio do site do programa. Do total de vagas disponíveis, 30 incluem bolsas no valor de R$ 3 mil mensais por um período de três anos.

O Instituto de Referência Negra Peregum pretende capacitar pessoas negras para concursos, oferecendo suporte e ferramentas necessárias para atuação na advocacia pública nacional.

A seleção dos candidatos levará em conta critérios de vulnerabilidade socioeconômica, diversidade de gênero, orientação sexual, população quilombola, pessoas com deficiência e diversidade etária e regional.

Conteúdo do curso

  • Aulas no formato virtual, monitorias e tutorias para plantão de dúvidas;
  • Revisão, correção de exercícios e atualização de conteúdos
  • Simulados e acompanhamento do desempenho individual;
  • Palestras sobre saúde mental, diversidade, enfrentamento ao racismo e autocuidado;
  • Conteúdos sobre técnica de estudos, organização, memorização;
  • Mentoria e apoio psicológico para auxílio emocional e também para as provas, concursos e organização de estudos;
  • Orientação sobre editais de ingresso na advocacia públicos abertos e previstos ao longo do curso.

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Conforme o edital, o programa foi elaborado a partir do diagnóstico de desigualdade étnico-racial no país. Negros representam 56% da população brasileira, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), porém, no âmbito da AGU, 44% dos membros são homens brancos, enquanto mulheres negras correspondem apenas 6% do quadro.

"Garantir o acesso de pessoas negras às carreiras da Advocacia Pública é uma das formas que enxergamos de transformar realidades e fazer com que a Justiça e as carreiras de prestígio representem a diversidade do povo brasileiro. Por isso, temos um imenso orgulho da parceria firmada com a AGU e com o Instituto Peregum para a realização destas formações", afirma a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

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