Índice de infecções semanais por Covid-19 no Ceará caiu 86% no último mês

Percentual de óbitos também diminuiu 80% no período, passando de 241 mortes - entre 15 a 21 de junho - para 46 falecimentos, de 6 a 12 de julho

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
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Legenda: Cuidados de prevenção viral devem continuar sendo seguidos, mesmo entre as pessoas vacinadas.
Foto: Agência Diário/Helene Santos

Devido ao maior controle do cenário pandêmico no Estado, o último mês - entre 15 de junho a 12 de julho - apresentou uma diminuição de 86,92% no índice semanal de infecções por Covid-19, passando de 10.454 para 1.397 casos confirmados no Ceará. Os dados são do IntegraSUS, portal de transparência da Secretaria da Saúde (Sesa).

Além disso, a região teve redução no número de óbitos decorrentes da Sars-Cov-2. Entre 15 a 21 de junho, 241 mortes foram contabilizadas. Já de 6 a 12 de julho, ocorreram 46 falecimentos, o que equivale a uma queda de 80,91% no período.

Em Fortaleza, a situação também tem sido favorável, com uma diminuição de 78,93% nos casos confirmados da doença no último mês, indo de 1.809 para 381 notificações semanais. Neste cenário, os óbitos também caíram, passando de 54 para 15 (72,22%).

De acordo com o epidemiologista, biólogo e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Luciano Pamplona, o cenário atual é reflexo de todas as medidas de contenção viral efetuadas até agora. “[As pessoas têm] colaborado em relação ao isolamento, ao distanciamento físico e ao uso de máscaras”.

Sem dúvida nenhuma, se deve [também] ao impacto da vacinação, principalmente na população mais idosa e nos profissionais de saúde”
Luciano Pamplona
Epidemiologista e professor da UFC

O especialista relata que, como esses dois grupos prioritários foram os primeiros a receber os imunizantes, “o que a gente tá vendo agora [entre eles] é um impacto muito positivo, na diminuição de internações e óbitos, mostrando mais uma vez que a vacina surte um impacto importante pra essa redução”.

No entanto, Pamplona reitera que o coronavírus ainda está com uma circulação considerável, não só aqui, mas também em outros continentes e países. Então, “há sempre a possibilidade do surgimento de cepas novas que possam ter mais capacidade de infectar as pessoas”.

A gente nunca vai poder dizer, enquanto não tiver toda a população vacinada, que a gente tá livre de uma terceira onda”
Luciano Pamplona
Epidemiologista e professor da UFC

“Mas hoje a perspectiva que a gente tem é [com] uma condição de controle muito mais eficiente do que a gente tinha antes, então se espera que não haja novos picos de transmissão importantes nesses próximos meses”, conclui.

É necessário, entretanto, continuar investindo na imunização - bem como na completude do esquema vacinal com as doses necessárias -, pois, para atingir a imunidade de rebanho, é preciso que um elevado percentual da população esteja imune, melhorando, assim, as circunstâncias do vírus a longo prazo.

“A vacina tanto protege como funciona como uma medida de saúde individual - a pessoa que se vacinou tem menos chance de pegar a doença, de ficar [em estado] grave e de morrer -, [como] também tem um impacto muito importante para a saúde coletiva. Pra que isso funcione, a gente precisa ter a maior parte da população vacinada pra chegar naquilo que a gente sonha, a imunidade de rebanho”, comenta.

Ocupação de leitos

Nesta conjuntura, o Ceará conta com 58,66% dos leitos gerais de unidades de terapia intensiva (UTI) ocupados até esta terça-feira (13). Já o índice de UTI Adulto é praticamente o mesmo (58,49%). No caso das enfermarias, a taxa geral de ocupação encontra-se em 28,09% e 24,06% para Enfermaria Adulto.

De acordo com o IntegraSUS, portal de transparência da Secretaria da Saúde, os municípios com maiores percentuais de ocupação são Barreira (100%); Tianguá (62,22%); Sobral (61,49%); Fortaleza (55,04%) e Crateús (36,92%).

Ainda assim, 31 pessoas estão na fila de espera por leitos no Estado. Destas, 26 aguardam vagas para enfermaria: 11 em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e 15 em unidades hospitalares. Além disso, 5 esperam por UTIs: 1 em UPA e 4 em unidades hospitalares.

Campanha de Vacinação

Segundo a Secretaria da Saúde do Ceará, até o domingo (11), o Estado aplicou 4.865.570 doses das vacinas contra a Covid-19. Destas, 3.543.226 foram na primeira dose; 1.203.861 na segunda; e 118.843 na dose única. Já em Fortaleza, conforme divulgação da Prefeitura Municipal, 1.273.329 doses dos imunizantes foram aplicadas na D1, 402.370 na D2 e 16.005 na dose única.

Covid-19 no Ceará

Até esta terça-feira (13), o Ceará soma 902.190 casos confirmados de Covid-19 e 23.053 óbitos. Os municípios com mais infecções são Fortaleza (251.562); Juazeiro do Norte (28.530); Sobral (26.929); Caucaia (21.974); Maracanaú (21.093); Crato (17.067); Crateús (12.512); Maranguape (11.652) e Iguatu (11.006).

O grupo mais contaminado foi o de mulheres nas faixas etárias de 30 a 34 anos (56.118); de 35 a 39 anos (55.374); de 25 a 29 anos (51.956) e de 40 a 44 anos (48.584). Em seguida, estão os homens de 30 a 34 anos (45.089) e de 35 a 39 anos (44.340). Os dados são do IntegraSUS, portal de transparência da Secretaria da Saúde (Sesa).

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