Em 150 dias, Ceará vacinou com 1ª dose 26,4% de sua população total contra a Covid-19

De acordo com o Vacinômetro, a imunização completa, com a segunda dose, chegou a 11,8% da população

Escrito por Luana Severo ,
Nesta sexta-feira, Fortaleza promove um mutirão de vacinação contra a Covid-19 para acelerar a campanha.
Legenda: Nesta sexta-feira, Fortaleza promove um mutirão de vacinação contra a Covid-19 para acelerar a campanha.
Foto: Thiago Gadelha

Em 150 dias, de 18 de janeiro até a última quarta-feira (16), foram vacinadas em primeira dose contra a Covid-19 mais de 2,4 milhões de pessoas no Ceará. O número consta no Vacinômetro do Governo e representa 26,4% de toda a população estimada do Estado em 2020 (9,1 milhões), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Considerando a imunização completa, ou seja, após a segunda dose, pouco mais de um milhão foram vacinados no Ceará, o que corresponde a 11,8% da população.

Uma semana atrás, no dia 8 de junho, a Secretaria da Saúde (Sesa) projetou que, considerando o número de cadastrados na plataforma Saúde Digital naquele momento, na faixa etária de 18 a 59 anos, ou seja, “grupo não prioritário”, era possível vacinar toda a população adulta cearense até o fim de agosto. À época, eram 1.243.049 pessoas cadastradas.

De lá para cá, o cadastro no sistema foi incentivado e grupos se mobilizaram para inscrever quem, por diferentes razões, ainda não estava na contagem do Governo. Atualmente, segundo o IntegraSUS, já são 2.063.944 os cadastros confirmados nesse grupo. E deve aumentar.

Para o médico epidemiologista e mestre em saúde pública Manoel Fonseca, apesar do esforço do Estado em vacinar a maior quantidade possível de pessoas, ainda "estamos longe de alcançar a cobertura vacinal que assegure imunidade coletiva e reduza drasticamente os riscos de contágio". Isso porque, segundo ele, o percentual mínimo para dar alguma segurança é de 75% da população vacinada.

Na noite desta quinta-feira, o Estado comunicou a abertura do cadastro, também, para crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos de idade entrarem na fila de vacinação. Contudo, a Sesa destacou que não há, ainda, previsão para o início da imunização deste público. Até porque, dentre as vacinas com autorização brasileira para aplicação nessa faixa etária, até então, só há a Pfizer

Esquema vacinal

Apesar do avanço, há, ainda, algumas defasagens nesse processo. Por exemplo, dos trabalhadores da saúde, grupo que teve prioridade logo no início da campanha de vacinação, enquanto 98,58% foram vacinados em D1, somente 76,42% completaram o esquema vacinal (D2).

Fonseca lembra que, para alcançar um percentual adequado de cobertura vacinal, é primordial que as pessoas tomem a segunda dose.

"A pessoa só é considerada imunizada com as doses previstas e necessárias para cada vacina e no tempo de intervalo correto. Neste sentido, ainda estamos muito longe, do ponto de vista epidemiológico, de termos maior segurança de não transmissão, de reduzir as chances de uma nova onda e de evitar o surgimento de cepas diferentes do virus", pontua o médico. Por isso, segundo ele, é necessário manter medidas de controle como distanciamento social e uso da máscara mesmo após a vacinação.

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População geral

No que diz respeito à imunização da população geral, o Ceará já tem cobertura de D1 em 82,66% do grupo entre 45 e 59 anos e em 3,43% do grupo entre 30 e 44 anos.

Em Fortaleza, nesta sexta-feira (18), a Prefeitura promove um mutirão de vacinação entre 9h e 23 horas, incluindo nascidos entre os anos de 1961 e 1980. A estratégia deve alavancar a vacinação no Estado.

 

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