Cidades da Região Metropolitana definem logística de vacinação diante do número limitado de doses

A terça-feira foi de definição de logística e de atos simbólicos de vacinação nos municípios cearenses, além da preocupação com a conscientização da população sobre o número limitado de doses do imunizante CoronaVac

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
Legenda: Em Caucaia, vacinação contra o novo coronavírus começou na terça-feira
Foto: Kid Junior

A aplicação das primeiras doses da CoronaVac — vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac — na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) foi marcada por atos simbólicos de início da vacinação. Foi o caso, por exemplo, de Maracanaú e Caucaia, que receberam 3,7 mil e 8,8 mil doses, respectivamente. Nestas cidades, foram imunizados profissionais de saúde da linha de frente do combate à Covid-19, pessoas com deficiência e idosos institucionalizados, além de indígenas.

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Diante do cenário, também foi citada preocupação com a conscientização da população sobre o número limitado de doses do imunizante CoronaVac enviadas às cidades para que entendam que, neste momento, existe um público-prioritário. Além disso, aos municípios foram entregues quantidades apenas para a primeira dose desta fase atual. As demais continuam junto à Secretaria da Saúde.  

> Idosos institucionalizados devem ser vacinados em 60 abrigos 

Galba Freire, secretário de Saúde de Maracanaú, disse que o município organizou 14 locais, incluindo um distrito indígena, para vacinar o grupo prioritário, trabalho que começa nesta quarta-feira (20) e deve seguir até sábado (23). “Não é demanda livre”, destacou o secretário, lembrando que as doses já têm destinatários definidos e ainda são menos do que os que, por prioridade, deveriam receber a vacina. “Nossos indígenas passam de 4 mil. Vamos vacinar somente os idosos e com comorbidades”, disse.

Em Caucaia, vão ser vacinados, a partir de hoje, 2,1 mil trabalhadores de saúde, 289 idosos institucionalizados e 1,9 mil indígenas — residem, lá, os povos Anacé e Tapeba. “Muitos idosos estão internados ou em residências. Nós iremos nos deslocar até eles”, assegurou Zózimo Medeiros, secretário de Saúde municipal.

Outras cidades da RMF como Eusébio, Aquiraz e Itapipoca também fizeram atos simbólicos de vacinação e devem continuar o trabalho até o fim desta semana.

Expectativas

Secretário de Saúde de Pindoretama e vice-presidente do Cosems-CE, Rilson Andrade disse que os municípios estão buscando estratégias para explicar à população que, neste momento, a vacina é restrita. “É um grande problema porque a população está vendo na mídia que a vacina chegou e fica com a impressão de que todo mundo vai receber logo”, relatou o gestor. 

Andrade compreende, inclusive, ser por isso que o Governo não liberou as segundas doses para os municípios. “Pra não vacinarem outros grupos”, cedendo à pressão.

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A apreensão dos gestores municipais em torno das expectativas da população sobre a CoronaVac é tanta que, em Maracanaú, por exemplo, as doses estão armazenadas num local com seguranças na entrada. “Temos escolta de guardas municipais saindo da central para cada um dos postos”, afirmou Galba Freire.

Fortaleza

A Secretaria da Saúde de Fortaleza informou que, ontem, foram vacinadas 742 pessoas na Capital, sendo 481 profissionais da linha de frente, 173 idosos e 88 cuidadores destes.

As aplicações foram feitas no Lar Torres de Melo, no IJF, no Hospital da Mulher, na UPA do bairro Edson Queiroz, na base do Samu do bairro Pici e nos hospitais São José e Leonardo Da Vinci.

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