O decreto estadual que determina o lockdown no Ceará, como ação contra o avanço do novo coronavírus, segue até dia 21 de março em todo o Estado. No entanto, a medida pode ser prorrogada.
O lockdown prevê isolamento social mais rígido da população e funcionamento apenas das atividades consideradas essenciais. A circulação de pessoas em vias públicas deve ocorrer apenas com estrita necessidade, e o cidadão deve portar documento que comprove a motivação do deslocamento.
Em maio do ano passado, o lockdown foi prorrogado mesmo com melhora no número de registros da enfermidade em território cearense. Perto do fim do prazo estipulado para a medida, houve um achatamento da curva de casos do novo coronavírus — o que os especialistas de saúde esperavam que ocorresse para reduzir a rigidez do isolamento social.
Ainda naquele período, o Governo do Estado frisou que a retomada das atividades econômicas só ocorreria com estabilização dos índices.
Como está a situação no Ceará
Neste momento, contudo, a situação da pandemia no Estado está em nível crítico. O secretário estadual da Saúde, Dr. Cabeto, afirmou, nesta terça-feira (16), que os hospitais da rede privada da Capital estão em situação de colapso, com todos os leitos ocupados.
O aumento da demanda de hospitais foi tamanho que, após registrar recorde no número de internações, o Hospital Regional da Unimed (HRU) abriu novos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). "Hoje, infelizmente, estamos tendo que criar uma área de UTI dentro da nossa emergência. Ou seja, a nossa capacidade de expansão está chegando ao seu limite ou até passando do limite", revelou Elias Leite, presidente da instituição.
Internações no Estado
De acordo com a plataforma IntegraSUS, atualizada pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) às 15h03 desta terça, a taxa de ocupação de UTIs no Estado está em 91,89%. Os leitos de enfermaria, por sua vez, estão 79,14% preenchidos. Outros 486 pacientes estão internados em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), e 194, em máscara reservatório.