Mais de 60% da movimentação de veículos em Fortaleza diminuiu no período do 'toque de recolher', após sete dias de vigência do decreto que instituiu medidas mais rígidas para frear o avanço da Covid-19 em todo o Ceará. O balanço é da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), divulgado em live pela superintendente do órgão, Juliana Coelho, na tarde desta quinta-feira (25).
O toque de recolher proíbe em todo o Ceará a circulação de pessoas na rua no período entre 22h e 5h, com exceção para o uso de serviços essenciais. Determinação vale até o próximo domingo (28), mas tem chances de ser prorrogada e até ampliada.
"Há grande adesão das pessoas em não sair de casa no toque de recolher e isso nos deixa bastante contente pelo trabalho de fiscalização e orientação que estamos fazendo nesse momento. Nossa atenção tem que ser voltada para atender as pessoas que estão sendo contaminadas pela Covid e esperamos que nos próximos dias a gente tenha um resultado ainda mais positivo", pontuou Juliana Coelho.
Circulação de veículos
A superintendente da AMC divulgou ainda que, em uma semana de vigência do decreto, o fluxo de veículos na Capital caiu mais de 25% no chamado "horário de pico", entre 8h e 17h. A região da cidade que mais diminuiu a circulação foi o Centro. "As pessoas já estão fazendo sua parte", avalia Coelho.
Barreiras sanitárias
Implantadas desde o período que seria de Carnaval em todo o Ceará, as barreiras sanitárias nas entradas e saídas das cidades ainda permanecem no atual decreto e em Fortaleza, mais de 8 mil pessoas foram conscientizadas nelas. Segundo Juliana Coelho, 6 mil veículos foram abordados em sete dias.
"São pessoas que levamos a mensagem de orientação para que seja evitado um deslocamento necessário", alerta. A saída e entrada na cidade só é permitida por motivos e saúde e para a realização de atividades consideradas essenciais.
Fiscalização em fevereiro
Até essa quarta-feira (24), a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) realizou 438 inspeções de combate a Covid-19 e emitiu 126 documentos fiscalizatórios. Foram ainda dois eventos encerrados por aglomeração, 59 estabelecimentos interditados por descumprirem os decretos estadual e municipal e 17 paredões de som apreendidos.
Dados foram apresentados pela superintendente da Agefis, Laura Jucá, em live no perfil da Prefeitura de Fortaleza nas redes sociais. A gestora destacou a importância da denúncia da população neste momento de combate à segunda da Covid-19 na Capital pelo número 156.