Voo 2283: médica mudou bilhete após pedido do pai e não embarcou em avião que caiu em Vinhedo
Emocionado, pai da profissional indicou que enviou mensagem após um “pressentimento”
Juliana Chiumento seria uma das passageiras do Voepass 2283, que caiu na última sexta-feira (9), em Vinhedo, no interior de São Paulo. No entanto, ela mudou a passagem depois que seu pai enviou um áudio pedindo para alterar a data da viagem.
“Então, filha, se você conseguir ir para sábado, vai sábado de manhã. Melhor, vai mais sossegada, tranquila, de boa. Chegue tardezinho lá, descansa, vê aí, que se você conseguir marcar para sábado, você marca para sábado”, disse o pai dela em um áudio enviado por meio de um aplicativo de mensagens instantâneas.
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Juliana é médica e viajaria para o Rio de Janeiro, para fazer uma especialização. O pedido do seu pai fez com que mudasse de ideia. De acordo com o g1, amigos dela estavam no veículo aéreo.
A aeronave na qual embarcaria partiu do Aeroporto de Cascavel, no Paraná, e pousaria em Guarulhos, na Região Metropolitana da Capital paulista. Estavam a bordo do turboélice, um ATR-72, 62 pessoas — 4 delas eram tripulantes. Nenhuma delas sobreviveu ao acidente.
“A cabeça está a mil, mas graças a Deus tenho muito suporte e está todo mundo me dando muito apoio, mas eu preciso voltar, eu moro no Rio de Janeiro, vou para lá estudar, fico nessa ponte Rio de Janeiro a Cascavel, sempre fazendo conexão em Guarulhos. Toda vez que eu colocar os pés neste aeroporto, subir em um avião, vou lembrar desse livramento que Deus me deu”, contou a médica ao g1.
À RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o pai de Juliana, Altermir Chiumento, disse que teve um “pressentimento”, o que motivou o envio da mensagem.
“Pressentimento de pai. Eu disse 'filha, fica mais uma com o pai aqui' e ela disse que ia tentar remarcar para sábado. [...] estou todo dia orando pelos meus filhos. [...] muito motivos para agradecer”, afirmou, emocionado.
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O ATR-72 saiu de Cascavel às 11h46 e pousaria em Guarulhos no início da tarde. Ele voou por 1 hora e 35 minutos sem qualquer registro de ocorrências, até fazer uma curva brusca e despencar 4 mil metros em aproximadamente 1 minuto. Após a perda de altitude, o avião explodiu numa área de um condomínio residencial e sumiu do radar.
Ainda não se sabe a causa do acidente, que é o maior em número de vítimas desde a colisão do Airbus A320 da antiga TAM Linhas Aéreas, em 2007, contra um prédio da própria companhia, nas imediações do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Naquela ocasião, os 187 passageiros que estavam a bordo e outras 12 pessoas, que trabalhavam no edifício atingido, morreram.
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