Vídeo mostra escrivã Rafaela Drumond sendo xingada em delegacia; mulher foi encontrada morta

O caso ocorreu na cidade de Carandaí, em Minas Gerais

Escrito por Redação ,
Escrivã gravou vídeo sendo xingada e ameaçada em delegacia
Legenda: Escrivã gravou vídeo sendo xingada e ameaçada em delegacia
Foto: Reprodução/Redes sociais

Um vídeo que mostra a escrivã Rafaela Drumond sendo xingada e ameaçada será periciado pela Polícia Civil, conforme anunciado pela corporação nesta quinta-feira (15). A agente foi encontrada morta dias após a gravação do vídeo. É possível ouvir um homem proferindo ofensas e debochando da jovem. 

As imagens em questão agora fazem parte do inquérito policial sobre a morte de Rafaela. "Está sendo analisado pela equipe técnica, pela investigação, de quem é a voz, de quem não é. Isso é uma fase de um trabalho desenvolvido”, informou Alexander Soares Diniz, responsável pelas investigações e o chefe do departamento da corporação de Barbacena.

A Polícia ainda não informou se testemunhas da delegacia onde Rafaela trabalhava foram ouvidas ou afastadas. Até o momento, nenhum agente foi desligado, segundo a Secretaria de Segurança Pública. As informações são do g1. 

Vídeo

 No vídeo, não há imagens de pessoas, pois Rafaela captou apenas o áudio. O homem não identificado no diálogo diz para a jovem levar a denúncia ao Ministério Público ou Corregedoria. A jovem é chamada de "piranha" em determinado momento. Veja parte do diálogo abaixo.

  • Homem: Grava e leva no Ministério Público, na Corregedoria, na p*** que pariu, nos diabos, leva pra quem você quiser.
  • Rafaela Drumond: Eu não sei porque você ficou tão estressado, eu não falei nada de mais contigo.
  • Homem não identificado: Ah, não, pronto [inaudível]. Você nunca fala nada de mais!
  • Rafaela Drumond: Mas eu não vou esquecer do que você me chamou não, tá, querido?!
  • Homem não identificado: Ah, de tudo que eu falei, ela tá preocupada com 'piranha' [risada]. É muita cabecinha fraca. É muita cabecinha fraca.

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Entenda o caso

Rafaela foi encontrada pelos pais, um quarto da casa. A Polícia registrou a morte de Rafaela como suicídio. A mulher vinha sofrendo assédio moral, sexual e sobrecarga de trabalho, segundo o Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG).

O Sindep-MG informou ainda que pressiona autoridades para um esclarecimento sobre as denúncias. A Polícia informou que a Corregedoria foi acionada e atua em investigações sobre as circustâncias da morte de Rafaela.

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