Escrivã é encontrada morta após denunciar assédio e pressão psicológica em MG
Áudios vazados de Rafaela Drummond, de 31 anos, detalham situações de violência psicológica e perseguição dentro da Polícia Civil
A Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) investiga as circunstâncias da morte da escrivã Rafaela Drummond, de 31 anos, encontrada sem vida na cidade de Antônio Carlos, na última sexta-feira (9).
Segundo informações do Metrópoles, a policial havia protocolado diversas denúncias de assédio moral e sexual, além da pressão psicológica devido à sobrecarga no trabalho.
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O caso foi registrado como suicídio. A PC-MG abriu inquérito após o vazamento de áudios em que a vítima detalha situações de violência psicológica e perseguição na instituição.
O Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG) confirmou ter sido procurado por Rafaela há última semana, com as denúncias dos crimes, mas o teor dos relatos não foi divulgado. Segundo familiares, ela teria pedido transferência em razão das condições trabalho.
Outras denúncias
O Sindep informou ainda ter recebido outras denúncias e programado uma visita técnica à regional.
No entanto, não houve tempo hábil para intervenção antes da morte da jovem. A organização alega que entrou em contato com as autoridades para cobrar providências cabíveis, e que a morte da escrivã “não é um caso isolado”.
“Ainda no sábado (10) entramos em contato com a Chefe de Polícia e falamos da necessidade de investigar o caso. Temos informações de que há outros colegas adoecidos naquela unidade”, informou o sindicato.