Piloto de helicóptero desaparecido já teve licença cassada por transporte clandestino

Defesa de Cassiano Tete Teodoro declarou que a punição contra o piloto foi indevida

Escrito por Redação ,
Piloto Cassiano Tete Teodoro
Legenda: Piloto obteve uma nova licença em outubro de 2023
Foto: Reprodução

O piloto Cassiano Tete Teodoro, que comandava o helicóptero desaparecido desde o último domingo (31), já teve as habilitações e a licença cassada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em setembro de 2021. A decisão ocorreu por envolvimento em transporte aéreo clandestino e fraudes em planos de voo. Além disso, ele também escapou de uma fiscalização. 

Conforme a Folha de S.Paulo, ele ficou afastado pelo prazo máximo de dois anos, e obteve uma nova licença em outubro de 2023. A defesa de Teodoro apontou que a punição contra o piloto foi indevida, apontando que os fiscais da Anac cometeram irregularidade com a decisão.

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A empresa em que o helicóptero operava não possuía autorização para transporte aéreo de passageiros. Em 2022, a empresa ainda foi alvo de uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que declarou para as empresas de aviação se absterem de alugar aeronaves para as companhias de Teodoro, já que ele atuava de forma clandestina.

Na época, o MPF detalhou que a CBA Investimentos e outra empresa de Teodoro, a VoeSP, ofereciam "de forma pública, nas mídias sociais, serviço de transporte aéreo de forma irregular e clandestina, na modalidade táxi aéreo, gestão de aeronaves e voos panorâmicos, sem autorização da Anac, promovendo sua propaganda, em especial, através das redes sociais".

O documento do órgão federal mencionou 17 autos de infração pela agência de aviação contra as duas empresas. "Em todos os casos observados, Cassiano Tete Teodoro era o piloto em comando nas operações compreendidas como irregulares pelo corpo fiscalizatório da Anac", afirma o MPF.

AERONAVE DESAPARECIDA

O helicóptero desaparecido decolou, às 13h15, do Aeroporto Campo de Marte, sendo pilotado por Cassiano. No entanto, a aeronave perdeu contato com as torres de comando. A FAB foi notificada do desaparecimento às 22h30.

Além dele, também estavam outras três pessoas, sendo identificadas como Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos, a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sawunoto, de 20, e um amigo chamado Rafael estavam a bordo do helicóptero. 

A aeronave que está realizando as buscas conta com um sistema de busca que permite rastrear por calor. "Com capacidades avançadas e tecnologia de ponta, o SC-105 Amazonas da FAB tem definido padrões para missões de busca e salvamento, servindo como uma plataforma robusta para operações SAR (sigla em inglês para busca e salvamento)", declarou a FAB, em nota.

 

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