Líder do MST em Tocantins é morto a tiros por grupo encapuzado enquanto dormia

Criminosos invadiram a residência do militante na madrugada desta terça-feira (13)

Escrito por Redação ,
Cacheado, líder do MST em Tocantins
Legenda: Raimundo Nonato Silva Oliveira era conhecido como Cacheado
Foto: Reprodução

Um líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) em Tocantins foi morto a tiros enquanto dormia em casa com a namorada na madrugada desta terça-feira (13). O caso ocorreu no bairro Vila Cidinha, em Araguatins, interior do estado, região onde Raimundo Nonato Silva Oliveira, conhecido como Cacheado, atuava na organização. 

De acordo com o relato da namorada à Polícia Militar, eles foram surpreendidos por três homens encapuzados por volta de 1h. Eles arrombaram a porta da frente da casa e foram até o quarto do casal, onde realizaram diversos disparos. Cacheado morreu na hora. As informações são do G1.

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Por nota, o MST classificou o caso como uma execução: "O MST exige justiça para Cacheado, que seus assassinos e mandantes sejam identificados, detidos e julgados, para evitar mais assassinatos no campo! Lutar não é crime! Basta de violência no campo!". 

"Cacheado foi um militante valoroso, contribuindo em toda sua vida para a organização das famílias Sem Terra. Sua luta será lembrada e sua história alimentará a luta do MST por Reforma Agrária!", publicou a página oficial nas redes sociais. 

A investigação está a cargo da 11ª Delegacia de Polícia de Araguatins. O caso está na fase inicial de levantamento de informações. 

Militante já havia sofrido atentado 

Há cerca de 12 anos, Cacheado havia sofrido um atentado após receber diversas ameaças. Ele foi baleado no acampamento Alto da Paz, na fazenda Santa Hilário. 

"Nesse período, enquanto liderava o acampamento Alto da Paz, na fazenda Santa Hilário, em Araguatins, ele sofreu várias ameaças. Na época, ele chegou a ser baleado no acampamento e foi tirado do estado para preservar a vida", relata Edmundo Rodrigues Costa, amigo da vítima e agente da Pastoral da Terra, em entrevista ao G1.

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