Justiça manda soltar sobrinha de tio Paulo, que se torna ré por vilipêndio de cadáver e estelionato
Érika Souza Nunes, que estava presa desde o dia 16 de abril, responderá em liberdade pelos crimes
A Justiça do Rio de Janeiro mandou soltar Érika Souza Vieira Nunes, 42, a mulher que levou o tio, o idoso Paulo Roberto Braga, para pegar um empréstimo em um banco quando estava morto. As informações são do g1.
Em decisão nesta quinta-feira (2), a juíza titular da 2ª Vara Criminal de Bangu, Luciana Mocco recebeu a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o que tornou Érika ré. A magistrada, porém, atendeu a um pedido da defesa da sobrinha e revogou a prisão preventiva.
Érika, que estava presa desde o dia 16 de abril, responderá em liberdade pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. A sobrinha também passou a ser investigada, em outro inquérito, por homicídio culposo - quando não há a intenção de matar. Esse processo segue em andamento na Polícia Civil, que ainda decidirá se indicia Érika por esse crime.
Na sua justificativa, a magistrada disse que Érika é "acusada primária, com residência fixa, não possuindo, a princípio, periculosidade a prejudicar a instrução criminal ou colocar a ordem pública em risco".
Medidas cautelares
A juíza estabelece que Érika cumpra medidas cautelares, sendo elas:
- Comparecimento mensal ao cartório do juízo, para informar e justificar suas atividades ou eventual alteração de endereço. Neste caso, o novo endereço deverá ser informado antes da mudança, sob pena de decretação de nova prisão;
- Se houver necessidade de internação para tratamento da saúde mental, um laudo médico deverá ser apresentado;
- Proibição de ausentar-se da Comarca por prazo superior a 7 dias, salvo mediante expressa autorização do juízo.
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Lembre o caso
O idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, foi levado morto, numa cadeira de rodas, pela sobrinha Érika Souza Vieira Nunes, 42, para uma agência bancária em Bangu, no Rio de Janeiro, no último 16 de abril.
Na ocasião, a mulher tentou usar o nome do idoso para liberar um empréstimo de R$ 17 mil.
Funcionários do local perceberam que o homem estava visivelmente pálido e não respondia a comandos e avisaram às autoridades de segurança.