Jairinho sugere em carta que Henry pode ter morrido de causas naturais ou ter sido envenenado
Ex-vereador garantiu que mantinha um bom relacionamento com o filho de sua ex-namorada Monique de Medeiros e negou ter matado ou torturado o menino
Em uma carta escrita à mão para defender sua inocência, o médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, sugeriu que o menino Henry, de 4 anos, filho de sua ex-namorada Monique de Medeiros, pode ter morrido de causas naturais ou ter sido vítima de um envenenamento.
“Não se sabe se foi morte natural. Infarto? Doença no fígado? Não se sabe se ele já veio doente do pai (Leniel), bateu em algum lugar, foi envenenado, emboscado. Se ele passou mal no dia, no apartamento. Não se sabe a causa da morte”, defende ele em trecho da carta, escrita em seis páginas de caderno, divulgada pelo UOL e obtida pelo O Globo.
A mãe e o ex-padrasto são apontados como responsáveis pela morte de Henry e, por isso, estão presos. Na missiva, Jairinho ainda garantiu que mantinha um bom relacionamento com o menino e voltou a negar que tenha torturado ou matado o enteado. “Não existe qualquer indício de que eu tenha feito absolutamente nada com o Henry”.
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A carta de defesa foi escrita pelo ex-vereador na Cadeia Pública Pedrolino Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro.
Caso Henry Borel
Henry Borel morreu no dia 8 de março de 2021. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio, ele foi vítima de torturas realizadas pelo ex-vereador Dr. Jairinho e pela mãe do menino, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva.
Henry passou o fim de semana com o pai, Leniel Borel de Almeida, e, na noite anterior à morte, no dia 7, foi deixado na casa da mãe.
