Diretor de hospital em São Paulo é exonerado após denúncias de médicos que batem ponto sem trabalhar

Profissionais foram filmados por reportagem de TV saindo da unidade de saúde sem completar a rotina de trabalho

Escrito por
Hospital de Heliópolis
Legenda: Secretaria abre sindicância contra médicos acusados de bater o ponto sem trabalhar no Hospital de Heliópolis
Foto: Divulgação / Governo de SP

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SES-SP) anunciou, nesta quarta-feira (23), a exoneração do diretor-geral do Hospital de Heliópolis, na capital paulista, após denúncias de que médicos da unidade estavam batendo ponto sem trabalhar. As informações são do g1

A demissão de Abraão Rapoport foi determinada pelo titular da pasta, Eleuses Paiva, que nomeou o médico José Luiz Gomes do Amaral como diretor interino do hospital.

Na terça-feira (22), a secretária havia aberto sindicância para investigar dois médicos filmados pelo SBT batendo ponto no hospital e indo embora no horário do expediente. Os profissionais flagrados pela reportagem são o urologista Lawrence Aseba Tipo e o cardiologista Fulvio Alessandro Oliveira Souza. 

"Após as graves denúncias que vieram a público a respeito do Hospital de Heliópolis, o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, determinou a exoneração do diretor. Foi também aberta sindicância para apurar todos os casos mencionados e determinar responsabilidades. O assessor direto do secretário, Dr. José Luiz Gomes do Amaral, será diretor interino do Hospital", disse a SES-SP, em comunicado. 

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) informou que vai investigar o caso em seus aspectos criminais e de improbidade administrativa

Veja também

Médico corria em horário de trabalho

Conforme a reportagem do SBT, Lawrence Aseba recebia R$ 5.394,00 para trabalhar dois dias por semana no Hospital de Heliópolis, mas usava o expediente para correr nas ruas do entorno da unidade.

Já o cardiologista Fulvio Alessandro O. Souza recebe R$ 19.429,79 para dar expediente no hospital três dias por semana, com carga horária semanal de 24 horas.

A SES-SP disse que "repudia a conduta e, sendo comprovadas as irregularidades, os médicos serão punidos". 

Assuntos Relacionados