Caso Henry Borel: advogados de defesa discutem durante interrogatório; veja vídeo

Briga obrigou policiais militares entrarem no tribunal para evitar agressão física

Escrito por Redação , pais@svm.com.br

A audiência de instrução e julgamento do processo em torno do caso Henry Borel foi marcada por uma discussão entre os advogados do ex-vereador Dr. Jairinho, acusado pela morte, e do pai do menino, Leniel Borel de Almeida. Também houve discussão entre a juíza Elizabeth Machado Louro e o advogado de defesa. (Assista ao vídeo acima)

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Claudio Dalledone, que representa o então parlamentar, e Cristiano Medina da Rocha, defensor do engenheiro, precisaram ser separados por policiais militares no plenário do II Tribunal do Júri.

A briga ocorreu quando Medina questionar a falta de objetividade de Dalledone ao interrogar o perito Instituto Médico Legal, Leonardo Tauil.

Dalledone rebateu e disse para o colega baixar o tom. "Em primeiro lugar, você abaixa o tom para falar. Você veja como fala comigo", gritou. Medina, então, respondeu: "Falo como eu quiser". 

Briga com a juíza

Após os questionamentos da assistência de acusação, a juíza Elizabeth Machado Louro perguntou ao perito se o menino Henry podia ter batido a cabeça três vezes no chão. O profissional disse que era extremamente improvável.

Na sequência, a magistrada comentou: "Só se fosse uma bola de vôlei e ficasse quicando", disse Elizabeth, que foi interferida pelo advogado de Jairinho.

"Excelência, pela ordem. A senhora não pode tecer esse tipo de comentário", alertou Dalledone. "Posso, sim. Estou no uso das minhas prerrogativas, estou presidindo o ato e posso fazer a pergunta que eu quiser", retrucou a magistrada. 

Relembre o caso

Segundo as investigações, Henry era agredido pelo vereador com bandas, chutes e pancadas na cabeça. A criança foi encontrada morta no dia 8 de março dentro do próprio quarto em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio.

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Legenda: O menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, morreu no dia 8 de março no bairro Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro
Foto: Reprodução

Henry foi levado ao hospital após ser achado pela mãe e pelo padrasto Dr. Jairinho. O menino chegou na unidade de saúde sem vida, com hemorragia interna, laceração hepática, contusões e edemas.

A versão utilizada por Jairinho e Monique, de um acidente, foi desacreditada pelos policiais após o laudo médico feito após duas autópsias do corpo da criança. A perícia descreve múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores, além de lesão no fígado.

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