Casal é preso em Cuiabá (MT) suspeito de matar adolescente grávida e raptar o bebê
Emilly Sena saiu para buscar doações de roupas infantis, mas não retornou

Um casal foi preso em flagrante pela Polícia Civil de Mato Grosso (PCMT) acusado da matar Emilly Azevedo Sena, adolescente de 16 anos grávida de nove meses. O corpo dela foi encontrado nessa quinta-feira (13) enterrado no quintal dos suspeitos, em Cuiabá, com um corte na barriga e sem o bebê.
Emilly estava desaparecida desde quarta-feira (12). Ela tinha saído da casa onde morava, no município Várzea Grande, em direção a Cuiabá para buscar doações de roupas infantis na casa de uma mulher com quem conversava pela Internet. Depois de algum tempo, a família não conseguiu mais entrar em contato com Emilly.
"Ela [a suspeita] falou que ganhou muita roupa e queria doar um pouco para Emilly. Então, mandou a localização e até um Pix para que minha filha pudesse ir até lá buscar as roupas. Só que ela foi e não voltou. Ela não atendia, só recusava as ligações. Apenas me mandava mensagens dizendo que não podia falar porque estava em uma corrida de aplicativo", relatou a mãe, Ana Paula Meridiane, em entrevista ao g1.
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Suspeitos tentaram registrar a criança
Horas depois, o mesmo casal deu entrada no Hospital Santa Helena para registrar um bebê recém-nascido, relatando que o parto tinha ocorrido em casa. Segundo a Polícia Civil, a mulher se recusou a ser atendida, o que levantou suspeitas da equipe da unidade.
Quando aceitou o atendimento, os funcionários estranharam o fato de a suposta mãe não conseguir produzir leite materno, além de não apresentar sinais de estar no período puerperal, mesmo após exames ginecológicos e laboratoriais. Eles, então, decidiram entrar em contato com as autoridades.
Polícia acha corpo com sinais de tortura
A PCMT foi acionada para conduzir o casal até a Central de Flagrantes. Após os primeiros depoimentos, uma equipe do Núcleo de Pessoas Desaparecidas foi até a residência dos suspeitos, onde encontrou o corpo de Emilly enterrado no quintal com sinais de estrangulamento e tortura.
Diante dos fatos, a Polícia acredita que a adolescente foi vítima de um parto forçado com o intuito de raptar o bebê. "As investigações da Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) seguem em andamento para apurar a atuação de cada um dos envolvidos nos crimes de homicídio e ocultação de cadáver", afirmou a Polícia em comunicado. A criança sobreviveu e segue internada.
A Prefeitura de Cuiabá publicou uma nota de pesar pela morte de Emilly, em nome do prefeito e da primeira-dama. "Juntos, Samantha Iris e Abilio Brunini prestam solidariedade à família da vítima neste momento de dor e sofrimento. E esperam que a Justiça seja feita no seu maior rigor ao punir os responsáveis por este crime terrível", diz o boletim.
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Casal dizia aguardar um terceiro filho
Antes do crime, o casal compartilhava com os seguidores a espera de um terceiro filho. Em entrevista ao g1, a mãe de Emilly afirmou que os suspeitos diziam ter mais dois meninos e que queriam uma filha.
Em vídeos publicados no TikTok, a mulher, de 25 anos, afirmava ter feito uma laqueadura, mas o procedimento teria falhado, o que possibilitou ela engravidar novamente. O casal também postou vídeos de um chá revelação do suposto bebê e, no mesmo dia da ocorrência, ainda comemoraram o nascimento da criança pelo Instagram.
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