Brasileiros que perderam a guarda dos filhos em Portugal reencontram as crianças

O casal de tatuadores Carol Archangelo e Carlos Orleans teve permissão para ver os filhos por apenas 45 minutos

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 14:27)
Jovem casal sorrindo em um parque, mostrando momentos de felicidade em família, com uma criança abraçada, juntos em um dia ensolarado
Legenda: Brasileiros ficarão separados dos filhos por seis meses
Foto: Arquivo Pessoal

O casal de brasileiros Carol Archangelo e Carlos Orleans reencontrou os filhos pela primeira vez, após perderem a guarda das crianças, em Portugal.

O encontro aconteceu na última segunda-feira (24) e durou apenas 45 minutos. As informações foram divulgadas pelo colunista Gian Amato, do O Globo.

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) teria negociado visitas semanais com os pais das crianças desde o incidente do dia 20 de março.

Nesta data, o casal foi surpreendido ao saber que os filhos, de oito e seis anos, foram levados pela Justiça portuguesa na saída da escola em que estudam.

Por enquanto, Carol e Carlos ficarão longe dos filhos por até seis meses, pois este é o tempo de duração da medida cautelar. Uma revisão da decisão está marcada para menos de um mês, após entrevistas e vistorias na residência.

Caso seja necessário estender a sentença, outras visitas serão feitas em intervalos de dois meses.

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Brasileiros alegam terem sofrido xenofobia

Em relato feito no Instagram, Carol conta que sofreu xenofobia no Tribunal de Viseu, em Portugal, quando foi buscar o acesso aos documentos do processo.

Segundo ela, o material foi elaborado por "duas pessoas que demonstraram sempre que não gostavam da gente, por um julgamento pelo nosso estereótipo e profissão". Os brasileiros são tatuadores.

A família vinha sendo acompanhada pelo apoio familiar há cerca de dois anos, quando a professora do caçula da família — na época com quatro anos, acionou a CPCJ.

Nos relatos feitos em publicações do Instagram, os pais das crianças afirmam que não foram avisados em nenhum momento que uma das consequências do acompanhamento familiar poderia ser a perda de guarda dos filhos.

O pai das crianças, Carlos, afirmou que a família não teve "chance de defesa".

"Em nenhum momento perguntaram se existia alguma parente aqui que poderia ficar com as crianças. Nós temos", ressaltou. "Em nenhum momento, tivemos chance de provar que as acusações da professora e da assistência social estavam equivocadas".

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