
A Suprema Corte americana aprovou, nesta sexta-feira (17), uma lei que ameaça banir o TikTok dos Estados Unidos — com cerca de 170 milhões de usuários — a partir de domingo (19). O tribunal rejeitou um recurso dos donos do aplicativo chinês, que alegavam que a proibição por meio de uma lei de Joe Biden violava a Primeira Emenda.
A lei sancionada pelo presidente dos Estados Unidos em abril de 2024, determina que a plataforma tem até o dia 19 para encontrar um comprador para operação nos EUA. Caso contrário, a rede social não poderá mais funcionar no país.
Veja também
Em uma derrota significativa para o TikTok, o tribunal decidiu que a lei não infringe o direito à liberdade de expressão e que o governo dos EUA mostrou que as preocupações sobre a propriedade chinesa do aplicativo são legítimas.
A decisão seguiu alerta da administração Biden de que o aplicativo representava uma ameaça "grave" à segurança nacional devido aos laços com a China.
Trump pode mudar o jogo
Ainda é possível haver uma reviravolta com a posse do republicano Donald Trump, na próxima segunda-feira (2), um dia após o prazo para banir o TikTok do país. A própria rede social informou nesta semana que manteria o salário dos funcionários nos EUA, sinalizando que acredita num outro desfecho.
O CEO do TikTok, Shou Chew, foi convidado para a posse e deve se sentar em uma posição de honra no palco, onde ex-presidentes, familiares e outros convidados importantes são tradicionalmente acomodados, segundo fontes citadas pelo jornal americano The New York Times.