Venda de íris gera filas no Brasil e viraliza no TikTok; entenda como funciona o projeto do cofundador do ChatGPT
Projeto já foi banido na Espanha e outros países por falta de transparência sobre uso dos dados

O caso da "venda de olho" viralizou nas redes sociais após uma jovem publicar um vídeo mostrando como visitou um local em São Paulo para receber dinheiro pelo registro de sua íris, a parte colorida do olho. Desde segunda-feira (13), o caso vem repercutindo, conseguindo furar a bolha do TikTok e chegar em outras esferas de debates.
Essa venda faz parte de um projeto liderado por Alex Blania e Sam Altman, o CEO da Open AI. O World, inicialmente conhecido como Worldcoin, foi lançado em 2023, se espalhando pelo mundo. As informações são da revista Exame.
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Sendo um projeto da empresa Tools for Humanity, ele busca contribuir na diferenciação de humanos, robôs e inteligências artificiais. Assim, através da íris, cada usuário poderá ter uma World ID, sendo um tipo de "passaporte" que comprova sua humanidade.
No Brasil, o projeto teve operações de teste em 2023, chegando oficialmente apenas em 2024. No registro do TikTok, havia uma fila de pessoas esperando para ter a íris do olho fotografada em troca de R$ 600.
Críticas do projeto
Após a repercussão do caso, ainda segundo a revista Exame, a Tools for Humanity declara que o processo de registro de íris não seria uma "venda", mas apenas uma operação para atrair e engajar os usuários. O valor pode ser sacado pelo aplicativo do projeto.
No entanto, o World tem sido alvo de críticas e chegou a ser proibido na Espanha por falta de informações sobre como os dados serão utilizados. Os usuários que venderem a íris também não podem retirar o consentimento para dados.
O World ainda foi banido em Portugal, sendo multado na Coreia do Sul e na Argentina.