Sobe para 375 o número de mortos na passagem do tufão Rai pelas Filipinas

Último balanço oficial, ainda passível de novas atualizações, aponta que 500 tiveram ferimentos e outras 56 seguem desaparecidas

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AFP producaodiario@svm.com.br
TUFÃO RAI FILIPINAS
Legenda: Postes elétricos caídos bloquearam uma estrada no Surigao
Foto: Ferdinandh Cabrera/AFP

Pelo menos 208 pessoas morreram na passagem do Rai pelas Filipinas, um dos tufões mais letais no país nos últimos anos. Outras 500 pessoas ficaram feridas e 56 desapareceram. O balanço oficial foi divulgado nesta segunda-feira (20). Porém, estes números ainda podem aumentar à medida que as agências governamentais avaliem a dimensão do desastre. 

A Cruz Vermelha filipina relatou um "desastre total" nas áreas costeiras atingidas pelo Rai, com casas, hospitais e escolas "destruídos".  

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Mais de 300 mil pessoas abandonaram casas e hotéis de praia. Várias áreas ficaram sem comunicação e sem energia elétrica, enquanto em outros lugares telhados foram arrancados e postes de luz derrubados. 

Arthur Yap, governador da ilha de Bohol, um popular destino turístico, informou que a localidade registrou 80 vítimas fatais.

Nas ilhas Dinagat, o porta-voz da delegação provincial, Jeffrey Crisostomo, disse que o balanço subiu para 10 mortes.

Com os números, o total de mortes registradas no país chega a 208, de acordo com dados oficiais que confirmam que o Rai foi um dos tufões mais violentos a atingir as Filipinas nos últimos anos.

Ventos de 195km/h

O tufão Rai atingiu as Filipinas na última quinta-feira (17) com ventos de 195 km/h. Milhares de policiais, militares, agentes da Guarda Costeira e bombeiros continuam mobilizados para ajudar nas buscas e resgates nas áreas atingidas.

No sábado (18), Rai se afastou, avançando pelo Mar da China Meridional e, no domingo, estava ao largo da costa do Vietnã, movendo-se para o norte. Maquinário pesado, como retroescavadeiras e tratores, foi usado para ajudar a desobstruir estradas bloqueadas pela queda de postes e árvores.

tufão rai
Legenda: Tufão deixou casas completamente destruídas
Foto: Erwin Mascarinas/AFP

No encerramento de sua tradicional oração dominical do Ângelus, o papa Francisco expressou sua "proximidade com o povo das Filipinas", um país majoritariamente católico.

"Possa o santo Menino levar conforto e esperança às famílias com mais dificuldades", declarou, em referência ao Natal.

Chuvas torrenciais

O tufão também causou destruição generalizada nas ilhas de Siargao, Dinagat e Mindanao. Imagens aéreas distribuídas pelos militares mostraram os estragos na cidade de General Luna, em Siargao, onde estavam muitos surfistas e turistas antes das festas de fim de ano. Nas imagens, vê-se prédios sem telhado, e o chão, coberto de entulho. 

No domingo, os turistas começaram a ser retirados. Em Surigao, no norte de Mindanao, as ruas ficaram cobertas de vidros quebrados, chapas de aço dos telhados e linhas de transmissão elétrica. 

Os ventos do Rai caíram para 150 km/h, enquanto ele avança pelo país em chuvas torrenciais, arrancando árvores e destruindo estruturas de madeira. 

A governadora de Dinagat, Arlene Bag-ao, disse no sábado que os danos à ilha "são uma lembrança, igual ou pior", da destruição causada pelo supertufão Haiyan, em 2013, o ciclone mais mortal já registrado nas Filipinas, com mais de 7.300 pessoas mortas, ou desaparecidas.

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