Relembre como foi a renúncia de papa Bento XVI, último pontífice antes de papa Francisco
O religioso desistiu do papado em 2013

O papa Bento XVI revelou em uma carta enviada ao seu biógrafo semanas antes de sua morte que o principal motivo para renunciar ao papado em 2013 foi "insônia".
No texto, divulgado pela revista alemã Focus, Joseph Ratzinger comentou que o problema o afetava "sem interrupção" desde a Jornada Mundial da Juventude de Colônia, em 2005, meses após substituir seu antecessor, João Paulo II.
À época, o médico do pontífice receitou soníferos para melhorar a qualidade de vida dele, mas os remédios passaram a ter efeito limitado com o tempo.
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Remédios teriam provocado acidente
De acordo com a biografia do religioso, os remédios para dormir teriam, inclusive, provocado um incidente durante uma viagem ao México e a Cuba em 2012. Bento XVI afirmou que, um dia, encontrou seu lenço "totalmente encharcado de sangue". "Devo ter batido em alguma coisa no banheiro e caído", considerou.
Um outro médico avaliou o pontífice, insistiu na redução do uso de pílulas para dormir e incentivou que ele só participasse de eventos matinais durante as viagens ao exterior. No entanto, o papa sabia que as restrições médicas funcionariam apenas por um curto período de tempo.
A constatação foi o que levou Bento XVI a desistir do papado em fevereiro de 2013, pouco antes da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, evento que foi cumprido pelo seu sucessor, Francisco.