Procurador-geral da Venezuela acusa Lula e presidente do Chile de serem 'agentes da CIA'

Tarek William Saab declarou que o presidente brasileiro 'não é o mesmo que saiu da prisão'

Escrito por Redação ,
Tarek William Saab, Luiz Inácio Lula da Silva e Gabriel Boric
Legenda: Na imagem, Tarek William Saab, Luiz Inácio Lula da Silva e Gabriel Boric em sequência
Foto: AFP

Tarek William Saab, procurador-geral da Venezuela, acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Gabriel Boric, presidente do Chile, de serem "agentes da CIA", o serviço de inteligência dos Estados Unidos. As informações são do g1.

Saab afirmou que Lula foi "cooptado" durante a prisão. "Quem é o porta-voz que eles colocam dizendo as coisas mais bárbaras contra nosso país através dessa chamada 'esquerda'? O senhor Boric, que agora está acompanhado por Lula. Para mim, Lula foi cooptado na prisão. Essa é a minha teoria", declarou.

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"Parte dessa chamada esquerda cooptada pela CIA e pelos Estados Unidos na América Latina agora tem dois porta-vozes, Lula, que não é o mesmo que saiu da prisão, por tudo que acusou agora, não é o mesmo em nada: nem em seu físico, nem em como ele se expressa", acrescentou Saab.

Apesar das acusações, não há indícios de que o presidente Lula tenha alguma relação desse tipo com a CIA. 

ELEIÇÕES NA VENEZUELA

A acusação foi feita devido ao posicionamento do presidente brasileiro sobre a eleição venezuelana, que aconteceu em 28 de julho. A vitória de Maduro foi reconhecida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), mas Lula, assim como outros presidentes, exigiu a publicação das atas eleitorais para reconhecer a vitória de Maduro.

Saab argumentou que o brasileiro se elegeu apenas porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou o resultado, fazendo uma comparação com a situação na Venezuela. No entanto, a comparação não é justa. 

O TSE brasileiro é considerado um órgão independente e a eleição de Lula teve a validação de observadores internacionais, o que reforça sua credibilidade. Por outro lado, na Venezuela, a eleição de Maduro foi marcada por controvérsias, incluindo a falta de transparência na divulgação das atas eleitorais, e a validação do resultado foi feita pelo CNE, que não é visto como imparcial, pois está alinhado ao governo.

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