Papa Francisco faz breve aparição para abençoar fiéis na Páscoa e pedir cessar-fogo em Gaza
Pontífice chamou a situação em Gaza de "dramática e deplorável" e também se posicionou sobre o aumento do antissemitismo no mundo

Na manhã deste domingo de Páscoa (20), o papa Francisco, ainda em recuperação de uma pneumonia que o deixou afastado das funções por cinco semanas, fez uma breve aparição na sacada principal da Basílica de São Pedro para desejar uma boa Páscoa e abençoar os fiéis.
Durante o evento, o papa aproveitou para reiterar seu apelo pelo cessar-fogo imediato em Gaza. Por conta da saúde do pontífice, a mensagem em prol do fim da guerra foi lida por um assessor.
No texto, o papa chamou a situação em Gaza de "dramática e deplorável". O documento também pede ao grupo militante palestino Hamas que liberte os reféns restantes e condenou o que chamou de "tendência preocupante" de antissemitismo no mundo.
"Expresso minha proximidade aos sofrimentos de todo o povo israelense e do povo palestino", destacou, na mensagem. "Faço um apelo às partes em conflito: declarem um cessar-fogo, libertem os reféns e venham ajudar um povo faminto que aspira a um futuro de paz", completou.
Essa não é a primeira vez em que o papa Francisco se manifesta contra a guerra e coloca em destaque a campanha militar de Israel contra o povo palestino. Antes de sua hospitalização, em janeiro, ele chamou a situação humanitária de "muito séria e vergonhosa".
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Guerra entre Israel e Hamas continua
Na semana passada, o Hamas rejeitou a proposta de trégua temporária feita por Israel e exigiu um acordo para encerrar a guerra em troca da libertação dos reféns.
Após o comunicado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, instruiu o exército israelense a aumentar a pressão sobre o Hamas.
Desde o ataque do grupo militante palestino em 7 de outubro de 2023, no qual 1.200 pessoas foram mortas e 251 foram feitas reféns, os ataques feitos por Israel como retaliação deixaram mais de 51 mil palestinos mortos.
Segundo o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH, na sigla em inglês), 70% dos mortos em Gaza são mulheres e crianças.