O que se sabe sobre nova variante da Covid-19 detectada na África do Sul
Até o momento, 23 caso da mutação foram identificados
A nova variante da Covid-19, detectada pela primeira vez na África do Sul, é uma preocupação global, sobretudo, por ser muito contagiosa e com múltiplas mutações. Agora, a corrida dos cientistas é para entender melhor as característica dessa cepa e como enfrentá-la. Mas ainda pouco se sabe.
Nesta sexta-feira (26), o porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Christian Lindmeie, afirmou que várias semanas serão necessárias para compreender o nível de transmissão e a virulência desta nova variante.
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Segundo o virologista Túlio de Oliveira, a variante B.1.1.529 apresenta um número "extremamente alto" de mutações e "em potencial para se espalhar muito rapidamente".
Especialistas da OMS classificaram a variante como "preocupante" e definiram que ela será chamada de Ômicron, em referência à 15ª letra do alfabeto grego.
Por que ela é mais contagiosa?
As mutações do vírus inicial podem potencialmente torná-lo mais transmissível a ponto de torná-lo dominante. Foi o que ocorreu com variante delta, registrada inicialmente na Índia e que, segundo a OMS, reduziu a eficácia das vacinas em termos de transmissão do vírus para 40%.
As vacinas disponíveis são eficazes contra ela?
Por enquanto, os cientistas sul-africanos não têm certeza da eficácia das vacinas existentes contra a nova forma do vírus.
"O que nos preocupa é que esta variante pode não só ter uma capacidade de transmissão aumentada, mas também ser capaz de contornar partes do nosso sistema imunológico", disse outro pesquisador, o professor Richard Lessells.
Quantos casos foram registrados?
Até o momento, foram registrados 23 casos, afetando principalmente jovens, de acordo com o Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD). Também foram relatados casos na vizinha Botswana e em Hong Kong, em uma pessoa que voltava de uma viagem à África do Sul. Na Europa, o primeiro caso foi detectado na Bélgica, com um paciente vindo do Egito.
Destes, um foi detectado em Israel. Segundo o ministro da Saúde israelense, a pessoa veio de Malauí.
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