Enfermeira britânica é declarada culpada pela 15ª vez por tentativa de assassinato de outra bebê

Lucy Letby foi condenada à prisão perpétua por matar sete recém-nascidos. Ela é julgada ainda por ter tentado matar outros seis bebês

Escrito por Diário do Nordeste/AFP ,
Lucy é uma mulher branca de olhos azuis e cabelos loiros, lisos. Na foto, ela está séria
Legenda: Lucy Letby foi condenada à prisão perpétua
Foto: Cheshire Constabulary/AFP

A enfermeira britânica Lucy Letby, condenada à prisão perpétua por matar sete recém-nascidos, recebeu pela 15ª vez essa mesma pena nesta sexta-feira (5), por tentar assassinar uma bebê no hospital onde trabalhava. 

Na terça-feira (2), o júri de um tribunal de Manchester concluiu que Letby, de 34 anos, tentou matar 'Baby K', uma menina nascida prematuramente que se encontrava na unidade de cuidados intensivos do Hospital Countess de Chester, no noroeste da Inglaterra, em fevereiro de 2016.

"Dois jurados diferentes a declararam culpada e a sentença significa que nunca sairá da prisão", indicou em comunicado a promotora Nicola Wyn Williams, que descreveu o caso como "incrivelmente difícil, complexo e perturbador". 

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Maior assassina de crianças da história do Reino Unido

"Você negou friamente qualquer responsabilidade, não mostrou nenhum remorso", disse, na terça-feira (2), o juiz James Goss, a quem Letby voltou a afirmar que era "inocente". 

Em agosto do ano passado, a enfermeira foi condenada à prisão perpétua por matar sete recém-nascidos prematuros, além de tentar matar outros seis nesse mesmo hospital, entre os anos de 2015 e 2016. 

Essa série de atos a tornam a maior assassina de crianças da história moderna do Reino Unido. 

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Julgamento

Ao fim do primeiro julgamento, o júri ainda não havia definido sobre as outras seis tentativas de assassinato das quais Letby era acusada, incluindo o de 'Baby K'.

À época da morte da criança, um auxiliar de pediatria contou que entrou na unidade de cuidados intensivos de recém-nascidos do hospital e viu Letby de pé, ao lado de 'Baby K', sem fazer nada, enquanto os níveis de oxigênio da menina caíam sem que ela soasse nenhum alarme. 

Segundo a promotora do caso, a acusada chegou a mover "deliberadamente o tubo respiratório em uma tentativa" de matar a recém-nascida.

'Baby K' foi encaminhada a um hospital especializado devido ao seu nascimento extremamente prematuro e morreu na unidade três dias depois. A promotoria, no entanto, não acusa Letby de ser a responsável direta pela morte da criança.

Até então, nunca foram elucidadas as motivações de Letby, condenada em agosto do ano passado à prisão perpétua sem possibilidade de redução da pena, uma condenação incomum no direito inglês. 

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