Caso Loan: tia de criança desaparecida é acusada de envolvimento no crime; entenda
Sete pessoas já foram presas, e tia está em cela individual para garantir sua integridade física
A tia de Loan Danilo Peña, o menino de 5 anos desaparecido em 13 de junho em Corrientes, na Argentina, está presa preventivamente e por tempo indeterminado, após ser acusada de participar do desaparecimento da criança.
Laudelina Peña foi transferida para o IV Complexo Penitenciário Federal para Mulheres de Ezeiza, no sábado (6). Por conta da natureza do caso, ela está em uma ala de celas individuais para garantir sua integridade física.
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"Por enquanto ela não irá ao pavilhão por uma questão de segurança. É uma prisão difícil; por isso, há cautela", explicou uma fonte prisional a imprensa argentina.
Entenda o que pode ter ocorrido com o menino
A primeira versão indicava que Loan havia se perdido durante uma visita a um pomar de laranjeiras a cerca de 600 metros da casa de sua avó paterna, Catalina, onde fora almoçar com o pai José Peña.
O menino estava acompanhado do marido de Laudelina, Bernardino Antonio Benítez, e de um casal amigo: Daniel Ramírez, conhecido como "Fierrito", e Mónica Millapi. Nenhum dos adultos conseguiu explicar em que momento o menino se afastou do grupo, que também incluía outras crianças.
Também participaram do almoço o capitão de navio aposentado Carlos Pérez e a então funcionária municipal María Victoria Caillava, amigos da avó de Loan e que hoje estão sob investigação das autoridades, que suspeitam de um sequestro do menino para ser entregue a uma rede de tráfico humano que teria levado o menino para o Paraguai.
A tia de Loan é a sétima detida no caso, juntamente com seu marido, os dois casais de amigos da família e ainda o comissário Walter Maciel, acusado de encobrir o crime.
Laudelina também está sendo investigada por ocultação de provas, após confessar que "plantou na lama" o falso rastro do menor.
A mãe de Loan garante que a tia “deve saber algo mais”. Macarena, filha mais velha de Laudelina, foi intimada a depor por excluir uma conversa com a mãe que poderia ser fundamental, conforme apurou o jornal argentino Clarín.
Macarena testemunhou neste domingo no Tribunal de Goya e informou que foram oferecidas à sua mãe uma casa, um carro e uma moto para explicar que Loan foi atropelado naquela quinta-feira, 13 de junho, como revelaram fontes da investigação policial ao periódico.
A jovem também disse ter sido ameaçada por desconhecidos para que também garantisse que a criança sofreu um acidente. Caso contrário, sua mãe apareceria morta na prisão de Ezeiza.