Quatro jornalistas estão entre as 20 vítimas do ataque israelense a um hospital em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, nesta segunda-feira (25). A informação foi confirmada pela Defesa Civil local à agência de notícias AFP. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o hospital foi atacado por dois mísseis.
Os jornalistas estavam no quarto andar do local para cobrir o primeiro bombardeio quando foram atingidos pelo segundo. Em um comunicado à imprensa, o Sindicato dos Jornalistas Palestinos informou que os quatro profissionais mortos são os fotojornalistas Hossam Al-Masri, Mohammad Salama, Mariam Dagga, e o jornalista Moaz Abu Taha.
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Hossam Al-Masari prestava serviços à agência Reuters, assim como o fotógrafo Hatem Khaled, que está entre os feridos. Ele transmitia o acontecimento ao vivo para o serviço de imprensa quando foi morto.
Mohammad Salama era correspondente da emissora catari Al Jazeera em Gaza, enquanto Mariam Dagga era uma contratada da Associated Press (AP) e atuava como freelancer para vários outros veículos do Oriente Médio. Já Moaz Abu Taha trabalhava para a rede NBC.
O ataque ao hospital acontece duas semanas após dois jornalistas e três cinegrafistas do Al Jazeera morrerem em um bombardeio israelense contra a tenda deles, na Cidade de Gaza. Entre as vítimas, estava Anas al-Sharif, um conhecido correspondente da emissora, a quem o Exército Israelense classificou como um “terrorista” que “se passava por jornalista”.
Força de Defesa de Israel se pronuncia sobre o ataque
A Força de Defesa de Israel (FDI) assumiu a autoria do ataque ao hospital e informou que vai "investigar" as mortes dos jornalistas. "O Chefe do Estado-Maior Geral instruiu a realização de uma investigação inicial o mais breve possível", afirmou o órgão em informativo enviado à AFP.
O Exército também afirmou que "lamenta qualquer dano a indivíduos não envolvidos" e reforçou que "não tinha como alvo" os profissionais de imprensa.