Ventosaterapia: o que é, benefícios e contraindicações
Procedimento contribui para reduzir as dores musculares, e aliviar o desconforto e o estresse
A ventosaterapia é um tipo de procedimento que possui diversos benefícios para o paciente, como a desintoxicação dos tecidos e oxigenação da pele, assim como o alívio de dores nas articulações. Conforme a fisioterapeuta Crislane Batista do Nascimento, essa terapia é considerada não invasiva e eficaz.
A especialista ainda aponta que a ventosaterapia, que utiliza a sucção como forma terapêutica, tem o objetivo de estimular uma melhor circulação sanguínea.
Para que serve?
A ventosaterapia serve para reduzir as dores musculares e aliviar o desconforto e o estresse. De acordo com Crislane, o procedimento pode ser indicado tanto por questões de saúde, quanto por estética - no tratamento de estrias e celulite.
Qual a diferença entre ventosa e ventosaterapia?
A ventosa é o instrumento, com formato parecido a um copo, enquanto a ventosaterapia é a terapia de aplicação da ferramenta na pele, resultando na sucção dos tecidos superficiais do paciente. Veja outras diferenças:
- Ventosa: ferramenta também é conhecida como "cups" e pode ser de silicone, vidro, acrílico ou metal;
- Ventosaterapia: terapia que aplica ventosas na pele, tendo pressão negativa em função ao vácuo gerado.
Quais os benefícios?
A fisioterapeuta lista os principais benefícios da ventosaterapia. Dentre eles, estão:
- Aumento da circulação sanguínea no local;
- Liberação das toxinas existentes no sangue;
- Desintoxicação dos tecidos promovendo purificação e oxigenação da pele;
- Eliminação de pontos-gatilho e contraturas musculares;
- Alívio de dores nas articulações;
- Aumento da produção de líquido sinovial;
- Auxílio no relaxamento da mente e corpo.
No entanto, antes de agendar um atendimento, Crislane ressalta a importância de o paciente buscar um profissional especialista, que tenha conhecimento da técnica, para ter acesso aos riscos e contraindicações.
Como fazer a ventosaterapia?
A região que a terapia será aplicada precisa estar descoberta. "O copo de ventosa possui uma válvula na parte de cima onde adapta a bomba de sucção, produzindo um vácuo que favorece a sucção do sangue na região aplicada", aponta a fisioterapeuta.
O profissional modera o nível de pressão a partir da bomba de sucção. A ventosaterapia possui três tipos de vácuos:
- Fraco: quando a bomba de sucção é sugada 1 vez;
- Médio: quando a bomba de sucção é sugada 2 a 3 vezes;
- Forte: quando a bomba de sucção é sugada 3 a 4 vezes.
O tratamento deve ser individualizado, e o tempo de permanência das ventosas sobre a região pode variar a depender do objetivo do paciente. No entanto, Crislane aponta ser possível obter resultados positivos já entre cinco a dez minutos.
Quais os riscos e contraindicações?
O tratamento com ventosas possui algumas contraindicações, não sendo indicado para pessoas com:
- Trombose;
- Distúrbios hemorrágicos;
- Varizes calibrosas;
- Feridas;
- Febre;
- Grávidas que possuem hipertensão arterial descompensada;
- Pacientes plaquetopênicos.
O paciente corre o risco de ficar com bolhas de água na região em que as ventosas forem aplicadas, caso o terapeuta deixe a ferramenta por um tempo mais longo do que o recomendado para o caso.
"Recomenda-se atenção, também, para as ventosas de vidro, que são utilizadas com fogo, para que não ocorra queimadura na pele do paciente", acrescenta a especialista.
Perguntas frequentes
Ventosaterapia dói?
O procedimento costuma ser indolor. No entanto, quando utilizada uma grande quantidade de vácuo na pele do paciente, o local pode permanecer dolorido por cerca de três a cinco dias. "Pode-se usar estratégia para que a região não fique dolorida, diminuindo a pressão das ventosas", explica Crislane.
Gestante pode fazer?
Sim. Porém, as ventosas não devem ser aplicadas na região abdominal das mulheres grávidas. Além disso, é preferível evitar no caso das gestantes que possuem hipertensão arterial descompensada.
Onde pode ser aplicada a ventosa no corpo?
A ventosa pode ser aplicada em qualquer região do corpo que dê para realizar a sucção. No entanto, é importante evitar as "proeminências ósseas", alerta Crislane.
*Crislane Batista do Nascimento é fisioterapeuta formada pelo Centro Universitário Estácio do Ceará. Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória pelo Centro Universitário Estácio do Ceará e especialista em Diabetes pela Universidade Federal do Ceará (UFC).