Quais remédios não pode tomar quando se tem dengue? Especialista explica riscos

O tratamento é baseado principalmente no repouso e na ingestão de líquidos. A automedicação é contraindicada em qualquer caso

Escrito por Redação ,
medicamentos
Legenda: Segundo o infectologista, os pacientes devem evitar anti-inflamatórios no geral
Foto: Roberto Sorin/Unsplash

O Ministério da Saúde alerta para o aumento no número de casos de dengue em todo o Brasil. Segundo dados do órgão divulgados na quinta-feira (15), foram registrados 532.921 casos suspeitos e 90 mortes confirmadas. Em entrevista ao Diário do Nordeste, o infectologista Keny Colares esclareceu quais medicamentos são indicados no tratamento da doença e quais devem ser evitados.

Em alguns casos, pessoas infectadas pela dengue não apresentam sintomas. Quando eles se manifestam, duram cerca de 4 a 6 dias, e incluem febre (39°C a 40°C) de início repentino, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

O tratamento é baseado principalmente no repouso e na ingestão de líquidos. A automedicação é contraindicada em qualquer caso.

Remédios indicados

Apesar de não haver um remédio específico contra a dengue, o especialista indica que medicamentos com efeito analgésico e antitérmico como dipirona e paracetamol podem ser usados para o alívio dos sintomas como dor e febre.

Veja também

Remédios contraindicados

Segundo o infectologista, os pacientes devem evitar anti-inflamatórios no geral, como AAS (ácido acetilsalicílico), diclofenaco, ibuprofeno, nimesulida, profenid e medicamentos de outras famílias de corticoide como a prednisolona.

Keny Colares explica que esses remédios são contraindicados por inibir o sistema imunológico, influenciando o sistema de defesa do organismo quando ele deveria estar mais fortalecido para destruir o vírus.

Todas as faixas etárias são suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes com as mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas maiores de 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.

O paciente não deve se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme.

Assuntos Relacionados