Adoçante de aspartame será declarado como possível cancerígeno pela OMS, dizem relatórios

O estudo estaria sendo conduzido pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc)

Escrito por Redação ,
Legenda: O aspartame é utilizado como uma das substâncias que podem substituir o açúcar
Foto: Shutterstock

O aspartame, um dos adoçantes artificiais mais utilizados no mundo, deve ser declarado como possível carcinógeno pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), braço de pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS). Duas fontes com conhecimento do processo teriam confirmado a informação à agência Reuters.

A substância é utilizada em produtos como refrigerantes dietéticos e chicletes será listada nessa categoria pela primeira vez. 

Decisão teria sido finalizada no início deste mês em uma reunião dos especialistas externos do grupo, que pretendem avaliar o potencial perigo ou não. A Iarc ainda possui duas categorias sérias: a de "provável carcinógeno para humanos" e "carcinógeno para humanos".

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A medida, entretanto, deve ser controversa, já que o grupo de pesquisa chegou a ser criticado por causar preocupação sobre substâncias difíceis de serem evitadas. Um exemplo ocorreu quando os pesquisadores incluíram na lista itens como carne vermelha e telefones celulares.

Sob análise

Outro comitê que está revisando a utilização do aspartame é a JECFA, outro braço da OMS. A reunião em questão começou no fim de junho deste ano e deve anunciar as descobertas obtidas até o dia 14 de julho. 

A informação vigente, até então, é de que o aspartame é seguro para consumo dentro dos limites diários aceitos. Estudos mostram que um adulto de 60kg teria que beber entre 16 e 32 latas de refrigerante com este ingrediente para correr algum risco. 

Um porta-voz da Iarc apontou que a conclusão citada é um passo inicial para entender a carcinogenicidade, com avaliação de riscos capazes de determinar a probabilidade de um tipo específico de dano diante de certas condições e exposição. 

O temor entre a indústria, no entanto, já se instalou, conforme apontam cartas de reguladores dos Estados Unidos e do Japão. Segundo a Reuters, o receio é de que os processos de estudos dos grupos possam ser vistos como confusos.

Fontes próximas à Iarc afirmaram internamente que a inclusão do aspartame como possível carcinógeno teria o objetivo de motivar mais pesquisas. Assim, o estudo conseguiria ajudar as agências, consumidores e fabricantes a tomarem conclusões mais assertivas.

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