Um ano da Chacina em Itapajé; acusados não foram a julgamento
O crime aconteceu na manhã do dia 29 de janeiro de 2018, dentro da Cadeia Pública do Município. Sete pessoas foram acusadas por homicídio qualificado. O julgamento segue sem data para acontecer
Há um ano, Itapajé registrou uma das maiores matanças ocorridas no município. Em poucos minutos, 10 pessoas foram assassinadas em um mesmo prédio. Todas as vítimas estavam detidas na Cadeia Pública de Itapajé, a aproximadamente 130Km de Fortaleza. Poucos dias depois, a Polícia Civil divulgou que o crime foi motivado por desavenças internas acentuadas devido à superlotação no equipamento.
Sete homens foram indiciados pelas mortes ocorridas no dia 29 de janeiro de 2018. O inquérito policial foi concluído pela Delegacia Municipal de Itapajé e remetido à Justiça. O bando foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) por homicídio qualificado. Apesar dos trâmites legais, mesmo um ano depois, nenhum dos acusados foi a julgamento.
Conforme documento do Poder Judiciário, parte dos acusados foi ouvida em audiência de instrução na semana passada e outros devem ser ouvidos no dia 12 de março deste ano, às 10h.
Os denunciados foram identificados como Alex Pinto Oliveira Rodrigues, 24; Antônio Jonatan de Sousa Rodrigues, 22; Artur Vaz Ferreira, 26; Francisco das Chagas de Sousa, 24; Francisco Idson Lima de Sales, 19; William Alves do Nascimento, 20; e Murilo Borges de Araújo.
Todos os acusados estavam detidos na Cadeia Pública de Itapajé na data da chacina. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), eles tinham antecedentes por diversos crimes, dentre eles contravenção penal, roubo, porte ilegal de arma de fogo, corrupção de menor, furto, tentativa de homicídio e homicídio. Segundo informações do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), o julgamento dos réus só poderá ser marcado quando forem finalizadas todas as audiências de instrução.
Conflito
A briga aconteceu durante o banho de sol dos internos do Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC). Apenas um agente penitenciário atuava na unidade no momento dos assassinatos. Os mortos foram identificados como Alex Alan de Sousa Silva, Caio Mendes Mesquita, William Aguiar da Silva, Francisco Davi de Sousa Mesquita, Francisco Emanuel de Sousa Araújo, Francisco Helder Miranda, Francisco Mateus da Costa, Manuel da Silva Viana, Carlos Bruno Lopes Silva e Francisco Elenilson de Sousa Braga. Outros internos ficaram feridos.