Suspeitos de se passar por promotores de Justiça para cobrar 'fiança' são presos no CE

O grupo telefonava para familiares de detentos em Minas Gerais e pedia pagamento imediato para expedir alvará de soltura

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Redação producaodiario@svm.com.br
Viatura da Polícia Civil em frente à delegacia.
Legenda: As polícias civis do Ceará e de Minas Gerais deram apoio aos ministérios públicos.
Foto: Divulgação/MPCE

Doze pessoas suspeitas de se passar por promotores de Justiça para cobrar falsas "fianças" a familiares de detentos foram capturadas nesta quarta-feira (8), em cidades do Ceará. As prisões ocorreram no âmbito da operação "Falsa Toga", deflagrada pelos ministérios públicos do Estado e de Minas Gerais, com apoio da Polícia Civil. 

Conforme as investigações, os criminosos telefonavam para parentes de detentos em Minas Gerais, se identificavam falsamente como integrantes do Ministério Público, informavam a possibilidade de expedição de alvará de soltura mediante pagamento imediato e, assim, conseguiam concretizar o golpe.

"A operação identificou as pessoas que recebiam esse dinheiro. Por meio de análise de extratos bancários, a investigação detectou o fluxo constante de transferências entre diversas contas de um pequeno grupo de titulares, numa tentativa flagrante e coordenada de se ocultar a origem do dinheiro recebido", relatou o Ministério Público do Ceará.

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Investigação

Conforme o inquérito, o grupo constantemente abria e fechava contas bancárias e linhas telefônicas, o que chamou a atenção das autoridades.

Além disso, os suspeitos trocavam de chip frequentemente para se comunicar entre si, caracterizando a atuação orquestrada compatível com a dinâmica de organização criminosa. "Alguns dos investigados apresentaram histórico de fraudes similares, o que reforça a suspeita", continuou o MP.

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Prisões e apreensões

Além das 12 prisões, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Boa Viagem, Cascavel, Chorozinho, Fortaleza, Maracanaú e Pacatuba.

A operação foi articulada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos do Ministério Público de Minas Gerais e pelo Núcleo de Apoio Técnico à Investigação do Ministério Público do Ceará. Também atuaram as polícias civis dos dois estados e a Polícia Militar mineira.

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