Polícia investiga homofobia durante briga em academia de Fortaleza: 'É por isso que viado morre'

Insultos preconceituosos teriam começado após uma mulher iniciar uma discussão por conta do revezamento de um aparelho de malhação, conforme as vítimas

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(Atualizado às 19:09)
Fotos de briga em academia de Fortaleza
Legenda: Confusão ocorreu em academia do bairro Papicu, e envolveu insultos preconceituosos após um desentendimento por revezamento de aparelho
Foto: Reprodução

Uma briga em uma academia iniciada por insultos homofóbicos é investigada pela Polícia Civil do Ceará (PCCE), após uma vítima registrar um Boletim de Ocorrência (B.O). Emenson Rodrigues, de 22 anos, relata que ouviu de uma mulher que "é por isso que viado (sic) morre", e que na academia só tinha "pobre e gordo".  

A Delegacia de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Intolerância Religiosa ou Orientação Sexual (Decrin) vai investigar o caso ocorrido na última segunda-feira (11) e que viralizou nas redes sociais nesta semana após algumas testemunhas publicarem vídeos da confusão. 

"Ela ficou debochando da minha amiga e de mim, dizendo que a gente era gordo. Quando ela percebeu que eu era gay ela disse: 'esse gay é das letrinhas lá, LGBT. Por isso que viado (sic) morre", relembra. 

Veja vídeo: 

Segundo o jovem, ela ainda falou mal dos frequentadores da academia e disse que lá só tinham "pobres que só iam conversar, e não malhar". Emenson afirmou que entrou com um processo na Justiça contra a pessoa. 

"A briga começou pela homofobia em altíssimo grau que ela falou lá, não foi por conta de um equipamento. Ela foi para cima da minha amiga, que se defendeu", informou. 

Conforme a assistente comercial Letícia Holanda, ela teve de se defender e acabou em uma briga física com a outra envolvida. "A menina veio para cima de mim para me bater. Quando ela levantou a mão, eu já puxei o cabelo dela. Ela chamou meu amigo de 'gigolô', disse que ele era bancado e falou que a academia só tinha pobre, gordo e viado". 

Letícia fez um pronunciamento nas redes sociais, e explicou que a reação foi para defender sua honra e a de seu amigo, que só estavam revezando um aparelho na academia normalmente. 

O Diário do Nordeste procurou a mulher envolvida nas denúncias por meio da rede social, mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria.

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Academia diz que preza pela 'segurança, bem-estar e respeito' 

Em nota, a academia Maxforma, informou que tomou conhecimento da confusão, mas disse que não comentará detalhes do caso. O estabelecimento pontuou que preza pela "pela segurança, bem-estar e respeito entre todos os seus frequentadores e reforça que episódios de comportamento inadequado são tratados com seriedade e responsabilidade". 

"Continuamos comprometidos em oferecer um ambiente seguro e acolhedor para todos os nossos alunos e reforçaremos nossas diretrizes de convivência para prevenir situações semelhantes no futuro, bem estamos a disposição da autoridades competentes", diz texto. 

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