Alvos de mandados se 'disfarçavam' de corretores e empregados públicos para cometer crimes no Ceará
Ao todo, são nove mandados de prisão e 26 de busca e apreensão, além de bloqueio de contas bancárias
Uma operação da Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (31), seis pessoas suspeitas de integrarem uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e homicídios no Ceará.
A quinta fase da operação "Blackout", iniciada nas primeiras horas desta quarta, foi deflagrada a partir da prisão de um traficante em outra etapa da investigação. Um dos presos hoje foi encontrado em um apartamento de luxo.
Ao todo, os policiais cumpriram 35 mandados judiciais, sendo nove de prisão e 26 de busca e apreensão, além de bloqueio de contas bancárias. Segundo divulgado pela Secretária de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) durante a tarde, outros 4 mandados judiciais foram cumpridos em desfavor de alvos que já se encontram recolhidos em penitenciárias.
De acordo com o delegado-adjunto da Delegacia de Narcóticos, Renê Mesquita, os alvos da ação desta quarta têm perfis distintos. "Alguns têm empresas de fachada, outros se disfarçam na sociedade em profissões como corretor de imóveis, professores, tatuadores, empregados públicos".
As investigações apontam, ainda, que os suspeitos são proprietários de estabelecimentos comerciais e utilizavam os locais para a logística do esquema criminoso de compra, venda e distribuição dos entorpecentes no Ceará e no estado vizinho. Durante a ofensiva policial também foram apreendidas drogas, armas, dinheiro, jóias e relógios.
Cerca de 100 policiais civis, coordenados pelas equipes da Delegacia de Narcóticos (Denarc), participam da ação.
A ofensiva policial ocorre em Fortaleza, Caucaia, Jericoacora e em Parnaíba, no Piauí. A Polícia Civil do Piauí (PCPI) também presta apoio à operação cearense.