Justiça decreta prisão preventiva a suspeitos de assalto à concessionária em Fortaleza

O crime aconteceu na última terça-feira (14) no bairro Parque Manibura. Os acusados foram presos originalmente em flagrante.

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Redação producaodiario@svm.com.br
Carro de polícia do Ceará com logo da Polícia Civil, estacionado ao lado de outro veículo policial, em uma operação de segurança.
Legenda: Vítimas tiveram prejuízo aproximado de R$ 42 mil
Foto: Divulgação/PCCE

Dois homens suspeitos de terem participado de um assalto a uma concessionária no bairro Parque Manibura, em Fortaleza, tiveram as prisões em flagrante convertidas em preventiva. A decisão foi proferida pela Vara de Audiências de Custódia na última quinta-feira (16).

O crime ocorreu dois dias antes da decisão judicial, na terça-feira (14). Segundo documentos obtidos pela reportagem, os acusados Alan Xavier da Silva Junior, de 22 anos, e Lucas Romão Barbosa, 29 anos, com outros quatro comparsas, invadiram o local e renderam o dono do estabelecimento, a esposa dele e o filho de 13 anos.

Em depoimento, uma das vítimas narrou que Alan Xavier se passou por cliente para conseguir ter acesso à concessionária. No dia do crime, ele teria agendando uma visita às 14h, e que, ao obter a confirmação de que o responsável pelo local estava presente, ele desceu de um veículo com os outros suspeitos e deu início ao assalto.

Os suspeitos abordaram o casal e pediram dinheiro, mas descobriram que eles não estavam sobre posse de nenhuma quantia. Os criminosos fugiram com joias e aparelhos eletrônicos, como um aparelho celular, um relógio digital e as alianças de casamento das vítimas.

É estimado que o prejuízo tenha sido de mais de R$ 42 mil. Uma das vítimas também cita, no depoimento, que foi agredida por socos e chutes por um dos assaltantes.

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Polícia autua os suspeitos em flagrante

Logo após o crime, a Polícia Civil foi acionada para atender a ocorrência. Com ajuda das imagens das câmeras de segurança da concessionária, ainda na terça-feira, Lucas Romão Barbosa foi preso em flagrante. Ele já possui três passagens pelo crime de roubo.

Um dia depois, na quarta-feira (15), Alan Xavier também foi encontrado e preso por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). Com ele, foi encontrado o automóvel utilizado na ação criminosa, uma picape, três gramas de maconha, uma quantia em espécie, três estojos deflagrados de munição .40 e dois aparelhos celulares.

Itens apreendidos pela polícia civil, incluindo dinheiro, dois celulares, chaves, roupas, drogas e um recibo de furto, exibidos em uma mesa com o logotipo da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF).
Legenda: Material encontrado pela Polícia Civil junto de um dos suspeitos
Foto: Divulgação/PCCE

Ambos os suspeitos foram apresentados ao Poder Judiciário, que os ouviu em audiência de custódia na presença de representantes do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e da Defensoria Pública. Eles respondem por roubo qualificado e associação criminosa.

O que disse a Justiça?

Para o Juízo da Vara de Audiências de Custódia, o crime cometido pelos réus tem indícios de audácia e agressividade extrema, "pois o roubo foi praticado por seis homens mediante a utilização ostensiva de armas de fogo (não apreendidas) e com violência física contra duas das vítimas (chutes, socos e tapas)".

As defesas solicitaram a liberdade dos acusados e a aplicação de medidas cautelares. Na decisão, obtida pelo Diário do Nordeste, a juíza se mostrou contrária ao pedido, e argumentou que o delito causou danos materiais e psicológicos para as vítimas, além de pontuar que o crime foi premeditado.

"Assim, entendo que restou demonstrado o perigo gerado pelo estado de liberdade do flagranteado, pois o contexto da prática criminosa a ele imputada (roubo em concurso de agentes, com uso ostensivo de armas de fogo e violência física contra as vítimas) é circunstância apta, repita-se, a justificar a segregação cautelar para garantia da ordem pública", finaliza a sentença.

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