Policial militar é demitido por apresentar atestado médico falso no Ceará
Outros quatro agentes foram punidos administrativamente pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD).
Um policial militar foi demitido pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) por apresentar atestado médico falso à Corporação, no Interior do Estado.
A demissão do cabo da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Gilcássio Oliveira da Silva foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última terça-feira (2).
A defesa do policial militar não foi localizada pela reportagem para comentar a decisão. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
Conforme a decisão, a investigação administrativa foi aberta contra o militar, "em razão de, supostamente, no dia 24/03/2024, ter apresentado atestado médico falso, com a finalidade de se afastar das atividades laborais, assinado por médico que não estava de plantão no hospital localizado no município de Ipaumirim-CE, no dia em que o referido militar afirmou ter sido atendido".
A Unidade Hospitalar e a médica que tinha o nome no documento falso confirmaram aos investigadores que Gilcássio da Silva não foi atendido no estabelecimento, naquele dia.
Ao ser interrogado na CGD, o policial "admitiu que não foi atendido pela médica que estava atendendo no hospital no dia dos fatos" e revelou que "sua então esposa teria inserido a data de 24/03/24 em um atestado médico antigo", segundo o Diário Oficial.
O crime também resultou em um processo criminal, no qual o militar foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) pelo crime militar de uso de documento falso, previsto pelo Código Penal Militar. A denúncia foi recebida pela Vara da Auditoria Militar do Estado do Ceará, e o acusado virou réu, no dia 13 de agosto deste ano.
Veja também
Punições por violência contra a mulher
O Diário Oficial do Estado da última terça-feira (2) também registra punições administrativas a dois policiais militares por casos de violência contra a mulher.
de Permanência Disciplinar (no quartel) foram aplicados a um cabo da PMCE por ter praticado agressão física, ameaças e violência psicológica, no contexto da violência doméstica e familiar, contra a esposa, em Fortaleza, no dia 12 de junho de 2024.
Já um soldado da Polícia Militar ficará preso por três dias por ter cometido os crimes de lesão corporal e ameaça contra a companheira, em Juazeiro do Norte, no dia 30 de janeiro deste ano.
Falta de uso da bodycam
Um policial penal foi punido pela CGD com a sanção de repreensão, por não utilizar o equipamento 'bodycam' (câmera corporal), como tinha sido determinado por superior, na Unidade Prisional Itaitinga V, no dia 16 de janeiro de 2024.
Outra punição administrativa foi aplicada pela Controladoria a um capitão do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE).
O oficial foi punido com 5 dias de Permanência Disciplinar (no quartel), em razão de ter sido preso em flagrante por dirigir alcoolizado, resistir a uma abordagem policial e desacatar os policiais, no bairro Panamericano, em Fortaleza, no dia 28 de janeiro de 2024.