Homem que matou professora com golpes de estilete no Ceará é condenado a 42 anos de prisão
O condenado era ex-companheiro da vítima e fazia constantes ameaças de morte contra ela
O homem que matou a professora Maria Valderisse Carvalho, conhecida como Lenivalda Carvalho, com golpes de estilete em Tamboril, Interior do Ceará, foi condenado a 42 anos de prisão pela Justiça do Ceará. Francisco Claudio da Silva Moura era ex-companheiro da profissional de educação, e invadiu a casa dela no dia 10 de janeiro deste ano para praticar o crime de feminicídio.
Segundo o Ministério Público do Ceará (MPCE), que denunciou o agressor em fevereiro, a investigação mostrou que o homem era "possessivo e ciumento", e insistia em reatar o relacionamento com a vítima, que já havia acabado há cerca de seis anos.
"O réu foi até a casa da ex-companheira e a atacou com golpes de estilete no pescoço, causando-lhe a morte", apontou o órgão acusatório. A tese de acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça Guilherme Miranda, e a sentença foi dada pelo Tribunal do Júri da Vara Única da Comarca de Tamboril.
Antes de ser preso e denunciado pelo crime, Francisco Claudio passou um período internado, pois após o crime ele tentou tirar a própria vida.
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Ex-companheiro fazia constantes ameaças
De acordo com a denúncia do MPCE, uma filha do ex-casal "declarou que seu pai fazia ameaças constantes à sua mãe, afirmando que 'resolveria o problema' e que, na noite anterior ao crime, o denunciado permaneceu rondando a casa da vítima, o que a fez dormir na residência de sua outra filha".
Na manhã de 10 de janeiro de 2025, Francisco entrou na casa de Lenivalda, localizada na Rua Basílio Castro, no distrito de Sucesso, em Tamboril, e a matou com cortes de estilete no pescoço.
"Ao tomar conhecimento dos fatos, a composição foi até o local, tendo encontrado a porta da residência aberta e, logo, que adentraram, encontraram Francisco Claudio deitado por cima do corpo da vítima, a Sra. Maria Valderisse Carvalho, em uma área de serviço da casa, estando aquele ainda com vida, embora desacordado, e esta já aparentava ter falecido", descreveu o promotor de Justiça Guilherme Miranda Maia, na denúncia.