Homem que fabricava e vendia salgados é inocentado e solto após um ano de prisão

Cristiano Brito de Morais, o 'Kiki', foi solto da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL 3), em Itaitinga, na tarde desta quinta-feira (23)

Escrito por Emanoela Campelo de Melo , emanoela.campelo@svm.com.br
Legenda: Cristiano Brito de Morais, o 'Kiki' estava preso na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL 3), em Itaitinga, e foi solto na tarde desta quinta-feira
Foto: FOTO: Arquivo/Diário do Nordeste

O vendedor de salgados Cristiano Brito de Morais, o 'Kiki', foi solto na tarde desta quinta-feira (23), após ser mantido, injustamente, em cárcere por quase um ano. 'Kiki' era acusado de cometer dois homicídios e teve sua inocência comprovada de ambos os casos que tramitavam na 2ª Vara do Júri de Fortaleza.

'Kiki' foi inocentado após trabalho da Defensoria Pública do Ceará. A atuação de um grupo de defensores, com a participação de Paulo Carmo, aconteceu durante duas fases. Primeiro, em novembro de 2019, aconteceu o júri de um dos crimes. "Eram vários réus. Ele foi absolvido. Não havia nenhuma prova contra ele. As próprias testemunhas afirmaram no júri que não o reconheciam. Inocentado neste caso, ele continuou preso devido ao outro processo, na mesma Vara", contou o defensor Paulo Carmo.

Segundo a defesa, ao analisar o segundo processo foi percebido que na data deste outro homicídio, 'Kiki' já estava preso: "Pegamos a certidão na Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) mostrando que ele já estava preso e pedimos a extinção do processo".

Diante da prova, o o Ministério Público do Ceará (MPCE) deu parecer favorável pela extinção. O juiz que acompanhava o caso decidiu pela inocência e expediu o alvará de soltura, cumprido nesta tarde na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL 3), em Itaitinga.

A confusão que levou um inocente a ser mantido na prisão pode ser explicada porque, conforme Paulo Carmo, há a possibilidade de o nome do verdadeiro responsável pelos homicídios também ser o mesmo de Cristiano.

"Tudo indica que eles são homônimos e que os crimes tenham sido cometidos por outro Cristiano, apelidado de Ratinho. Este outro não sabemos ainda se ele está preso ou solto, mas tenho conhecimento que é bastante perigoso", disse o defensor.

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