Um segundo inquérito foi instaurado nesta sexta-feira (22) contra o empresário Israel Leal Bandeira Neto, de 41 anos, também por importunação sexual em um elevador. O crime é referente ao caso da mãe e filha que denunciaram a ação após a repercussão do primeiro caso contra a nutricionista Larissa Duarte, que inclusive gerou um indiciamento dele na Polícia Civil do Ceará (PCCE). Com relação ao novo inquérito, a defesa do empresário, representada pelos advogados Bruno Queiroz Oliveira e Jamylle Bezerra, afirmou que não irá se manifestar, pois ainda não teve acesso ao conteúdo das novas acusações contra Israel.
Segundo a instituição, o inquérito sobre o caso de 2022 está nas fases de colhida de depoimentos. "Neste momento, oitivas ocorrem com a finalidade de apurar as circunstâncias deste caso", informa a PCCE, em nota.
A nova investigação vem no mesmo dia em que Israel foi indiciado por importunação sexual pelo caso ocorrido em 15 de fevereiro com a jovem de 25 anos em um prédio comercial no bairro Aldeota, em Fortaleza.
Indiciado declara 'profundo arrependimento'
Sobre o indiciamento, por nota, a defesa de Israel informou que ele sente "profundo arrependimento" por sua ação e que deseja "se retratar perante a vítima pelo fato ocorrido".
Segundo o posicionamento, o empresário incorreu em um "erro sobre a pessoa", pois imaginou "tratar-se de outra mulher com quem tinha intimidade".
A defesa disse ainda esperar "um julgamento justo por parte do Poder Judiciário, sem excessos e de acordo com a legislação penal e processual penal, pois o investigado tem sido alvo de uma campanha de linchamento virtual com ameaças contra si e sua família, além da abertura de perfis fakes com suas fotos", destacou.
Depoimentos
A semana tem sido de depoimentos sobre os casos de importunação sexual envolvendo o empresário. O primeiro repercutiu no começo da semana após ele ser flagrado em vídeo passando a mão nas partes íntimas de Larissa Duarte.
A jovem prestou depoimentos na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em Fortaleza, e encorajou outras pessoas a denunciarem crimes do tipe. Dias após, Adah Ivna Rodrigues Fernandes, 23 anos, estudante de psicologia, e a sua mãe, Laisa Rodrigues Fernandes, 41, fizeram um Boletim de Ocorrência (B.O) e já prestaram depoimento.
Israel falou pela primeira às autoridades nessa quinta-feira (21), sobre o caso ocorrido em fevereiro deste ano na Aldeota.