Acusado de ser executor de homicídios da facção Comando Vermelho oferece R$ 100 mil para não ser preso no Ceará
Suspeito já tinha mandado de prisão em aberto por homicídio e ainda foi autuado em flagrante por posse de drogas, posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, receptação, resistência e corrupção ativa

Um homem apontado como executor de homicídios da facção carioca Comando Vermelho (CV) em municípios como São Gonçalo do Amarante e Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), foi preso pela Polícia Civil do Ceará (PCCE). Segundo os policiais que participaram da ocorrência, o suspeito ofereceu R$ 100 mil para não ser preso.
Rian Souza Costa, conhecido como 'R21', de 23 anos, tinha um mandado de prisão em aberto por homicídio e também foi autuado em flagrante por posse de drogas, posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, receptação, resistência e corrupção ativa. A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, pela Justiça Estadual, em audiência de custódia realizada na última sexta-feira (14).
Conforme documentos obtidos pelo Diário do Nordeste, uma equipe da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) recebeu informações que um suspeito de integrar a facção Comando Vermelho, foragido da Justiça, estava escondido na zona rural de São Gonçalo do Amarante.
Os policiais se dirigiram a uma residência e encontraram Rian Costa. O suspeito teria reagido à abordagem policial "de forma agressiva" e ainda teria incitado familiares a atacarem os policiais, o que obrigou "o uso progressivo da força para algemá-lo", justificaram os agentes de segurança no Inquérito Policial.
Após ser contido, Rian teria oferecido R$ 100 mil para não ser preso. Com o suspeito, foram apreendidos uma pistola Ponto 40, com carregador e 13 munições, 6 gramas de maconha e dois aparelhos celulares.
Segundo as investigações policiais, 'R21' é suspeito de cometer pelo menos cinco homicídios, em Caucaia e São Gonçalo do Amarante. Ele teria a "função de executar os crimes de homicídios deliberados pela liderança da facção". O mandado de prisão em aberto era por um homicídio cometido em Caucaia.
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Suspeito nega que é criminoso
Ao ser interrogado na Draco, Rian Souza Costa negou que integra facção criminosa, que cometeu crimes ou ainda que seja o proprietário de uma arma de fogo apreendida na sua residência. Quanto à droga que também foi apreendida, alegou que era apenas para consumo próprio.
Rian ainda negou que tentou corromper os policiais civis, que os agrediu ou que incitou familiares para atacar os agentes de segurança. O suspeito afirmou que trabalha como porteiro de um posto de saúde.