Réplicas lembram arquitetura européia

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No Sítio Tabuleiro, em Santana do Cariri, a família Pereira de Oliveira resolveu imortalizar as lembranças da Europa

Santana do Cariri. Um pedaço da Europa em pleno sertão do Cariri. As lembranças de viagens ao Velho Mundo estão imortalizadas na construção de um condomínio familiar, no Sítio Tabuleiro, neste município. Ao invés de fotos, a família Pereira de Oliveira resolveu construir sete casas, com estilo europeu e árabe, como recordação das cidades visitadas pelos sete irmãos.

Os edifícios são as expressões mais claras de um povo em determinado momento histórico e são exemplos da sua forma de viver, da técnica disponível e de manifestação artística. Foi baseado neste conceito que a família construiu a Euroville. Nas viagens pelo exterior, cada um dos membros da família colheu informações e expressões sobre a cultura do lugar, inclusive a sua arquitetura. Daí surgiu a idéia de construção de um conjunto de casas de acordo com a preferência de cada um.

A idéia de construção da Euroville foi do mais novo dos filhos, Francimar Oliveira, já falecido, que morou mais de dez anos na França. Formado em urbanismo, ele voltou para o Cariri com um projeto de construir para cada um dos seus irmãos uma casa que representasse os países visitados.

“É uma forma não somente de recordar, mas de vivenciar as viagens internacionais”, justifica o professor aposentado da Universidade Federal do Ceará (UFC), José Pereira de Oliveira. Com a morte de Francimar, Pereira está dando prosseguimento ao projeto. Duas casas já estão prontas.

Conversando com os agregados e comendo alimentos regionais, como buchada, panelada, pamonha, canjica e baião-de-dois, a família resolveu transformar os dias de férias em momentos lúdicos, revivendo a cultura européia e oriental, sem, contudo, esquecer os velhos hábitos sertanejos.

A Euroville, localizada em frente à casa grande onde o agricultor Antonio Pereira de Oliveira (conhecido por “Antonio Major”), com sua companheira Adália, constituíram uma família de 12 filhos, é um contraste cultural. De um lado a casa da fazenda, símbolo de uma época de sacrifício. Foi de lá que o casal tirou o sustento da família e conseguiu formar todos os filhos.

Do outro lado, a Euroville, tendo como porta de entrada um castelo, símbolo da opulência e da nobreza medieval. Faz parte do conjunto a capela da família. Francimar deixou, também, a casa da cultura que, segundo ele, seria utilizada na educação de crianças. O condomínio tem, ainda, um anfiteatro ao ar livre e um açude, onde foi construída uma ponte.