Museu guarda preciosidades arqueológicas
Cristiane Vasconcelos
enviada a Pacujá
Em meio à região seca da zona Norte do Estado se encontra o Município de Pacujá, a 293 quilômetros de Fortaleza. É lá que foi criado o Museu de Pacujá (MUP), em março de 2005, com a intenção de divulgar e, principalmente, preservar e pesquisar o patrimônio histórico da microrregião. Bens que se destacam pelas inúmeras peças encontradas, quase que diariamente, pelos diretores do MUP nessa área. São objetos de arqueologia, paleontologia e geologia, além de uma série de atrativos que podem ser vistos ao natural, como as oito grutas da Serrinha catalogadas pelo Grupo de Exploração Espeleológica do Ceará (Geece), entre as mais de 20 cavernas já desbravadas pelo homem.
A divulgação do Museu ainda é pouca diante de todo o Estado, mas a visitação, principalmente por parte de estudantes, chega à média de 100 pessoas por mês. Trabalhando no MUP, está o diretor Antônio Alancardé Leopoldino, o vice, Raimundo de Moura Oliveira, dois monitores voluntários e um auxiliar administrativo. O local conta hoje com um apoio da Prefeitura Municipal, no pagamento de funcionários e na ajuda a eventos e projetos realizados pelo Museu.
Mas, o principal pedido do diretor, agora, é a presença de um arqueólogo que possa desenvolver pesquisa séria nos sítios arqueológicos da região. “Nós imploramos por um”, declara Leopoldino. Como ele conta, a partir da realização de mestrados ou doutorados, profissionais da área poderiam vir à Pacujá e dá um grande incentivo ao trabalho do Museu.
Segundo Alan, várias peças são descobertas constantemente, mas não há quem as analise. Pois, antes de serem trazidas para o Museu, um profissional da área precisa ir ao local fazer o estudo da peça. São peças em pedra polida, como pilões e machadinhas, e cerâmicas espalhadas pelos sítios e que, por falta de um arqueólogo, ficam presas aos locais onde foram descobertas. Alan explica que essas peças são encontradas, geralmente, em lavouras de agricultores de Pacujá. E já conhecendo o trabalho do Museu, são os próprios agricultores que procuram os diretores para comunicar dos achados.