Loja é pioneira na venda de produtos para artes marciais
A oferta de itens especializados surgiu ao mesmo tempo em que aumentou a adesão do público por jogos de luta
Sobral. A busca por artes marciais vem crescendo na região, assim como a oferta de produtos específicos. Pensando nisso, o empreendedor Nunes Neto abriu a primeira loja especializada da cidade em MMA, muay thai e jiu-jítsu.
Prestes a completar dois anos no mercado sobralense, a HN Fighters foi a primeira loja especializada em lutas da Zona Norte. Com produtos que vão desde luvas até roupas, Nunes destaca que foi após começar a praticar jiu-jítsu que percebeu a necessidades que os lutadores da cidade possuiam para adquirir material. "O pessoal precisava adquirir pela internet pagando fretes altíssimos, ou se deslocando até Fortaleza".
Iniciativa
A solução que Nunes encontrou foi abrir a própria loja, trazendo as melhores marcas do seguimento para Sobral.
"Conversei com os distribuidores de grandes marcas, como Venom e Pretorian, e as trouxe até Sobral, cobrando no mesmo preço encontrado na Capital", destacou. "Além das luvas, bandagens e quimonos, temos ainda protetor bucal, bandagem, coquilha, capacete, caneleira, short masculino e feminino dessas e outras marcas".
Como praticante de jiu-jítsu, ele explica que nos últimos três anos, dois dos quais como atleta e comerciante, pôde observar um grande crescimento na procura pelas modalidades. Um dos destaques foi a busca pelas mulheres para a prática de muay thai. "O crescimento foi tanto, que as academias estão cada vez mais profissionalizadas, exigindo equipamentos pessoais, o que antes não acontecia, como é o caso das luvas para muay thai", ressalta Nunes.
A vantagem de comprar na loja é a possibilidade de experimentar a roupa ou o equipamento antes. "Você compra um quimono pela internet do seu tamanho, mas aí ele encolhe e fica perdido, por exemplo. Ou as luvas ficam muito apertadas ou muito grandes", explica.
Desafios
Nunes explica que um dos grandes desafios encontrados tanto por ele quanto por treinadores é convencer os pais de que a pratica não deixará a criança mais violenta. Quando começou a praticar, ele conta que ganhou mais responsabilidade e ficou mais disciplinado. "Ganhei um estilo de vida mais saudável, criei mais responsabilidade, respeito, e a parte de trabalho em grupo também é exercitada. Obtive mais disposição, bom humor. Aprendi a ter mais calma a respeitar mais. As melhorias no corpo são visíveis também", recomenda.
Como atleta, ele destaca que a maior dificuldade hoje são os patrocínios para competição. "Eu não treino para competir, mas conheço outros atletas sobralenses que já ganharam diversos títulos e contaram com quase nada de apoio do poder público". Contudo, destaca que o mais importante é a mudança de mentalidade, em que se associa mais a luta à prática esportiva.
Jéssyca Rodrigues
Colaboradora