Joaquim Mulato testemunha mito do Cariri
Escrito por
Redação
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Além de líder dos Penitentes, Joaquim Mulato é testemunha de um dos maiores mitos do Cariri. Ele morou com Vicente Araújo, conhecido por “Vicente Finim”, um agricultor que, segundo a crença popular, virava lobisomem nas noites de quinta-feira. Amaldiçoado pela mãe, Vicente Finim foi condenado a cumprir a triste maldição. Vagueava nas noites escuras, sem energia elétrica no Cariri, cumprindo sua sina. Quando vivo, Vicente Finim deu entrevista desmentindo a estória da maldição e, conseqüentemente, do Lobisomem. Mas o mito nunca desapareceu. Ainda hoje, se fala em Vicente Finim, que foi tema de uma escola de Samba de Barbalha no último carnaval.
Joaquim Mulato, que conviveu com o lobisomem, não acredita nessa fantasia. “Aquilo era ele que inventava quando estava bêbado”, afirma. Entretanto, admite que Vicente Finim tinha um mistério. Além de ter o poder de se deslocar com facilidade de um lugar para o outro, ele dizia que era muito fácil se virar num animal.
Diz a lenda que quando uma mulher tem sete filhas e o oitavo filho é homem, esse menino será um Lobisomem. Também o será, o filho de mulher “amancebada com um Padre”.
Sempre pálido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal. Porém, logo que ele completa 13 anos, a maldição começa.
Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do aniversário, ele sai à noite e vai até uma encruzilhada. Ali, no silêncio da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez, e uiva para a lua.
Daí em diante, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cachorros latindo atrás. Nessa noite, ele visita sete partes da região, sete pátios de igreja, sete vilas e sete encruzilhadas. Por onde passa, açoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante.
Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem. Quem estiver em seu no caminho, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger.
Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabeça. Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela também torna-se um igual.
Joaquim Mulato, que conviveu com o lobisomem, não acredita nessa fantasia. “Aquilo era ele que inventava quando estava bêbado”, afirma. Entretanto, admite que Vicente Finim tinha um mistério. Além de ter o poder de se deslocar com facilidade de um lugar para o outro, ele dizia que era muito fácil se virar num animal.
Diz a lenda que quando uma mulher tem sete filhas e o oitavo filho é homem, esse menino será um Lobisomem. Também o será, o filho de mulher “amancebada com um Padre”.
Sempre pálido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal. Porém, logo que ele completa 13 anos, a maldição começa.
Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do aniversário, ele sai à noite e vai até uma encruzilhada. Ali, no silêncio da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez, e uiva para a lua.
Daí em diante, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cachorros latindo atrás. Nessa noite, ele visita sete partes da região, sete pátios de igreja, sete vilas e sete encruzilhadas. Por onde passa, açoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante.
Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem. Quem estiver em seu no caminho, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger.
Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabeça. Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela também torna-se um igual.