Fábrica recicla garrafas pet
Escrito por
Redação
producaodiario@svm.com.br
Aberta há 15 dias, a fábrica teve investimento de R$ 14 mil e envolve beneficiários do programa Bolsa Família
Crateús. Preservar o meio ambiente e gerar renda. Estas são as finalidades da Fábrica de Vassouras Ecológicas, feitas de garrafas pet, cujo funcionamento iniciou há quinze dias. A ação pode parecer simples, mas representa o início de um vantajoso trabalho para o meio ambiente e para famílias assistidas pelo Programa Bolsa Família. Foram investidos na unidade R$ 14 mil, com recursos oriundos do programa federal, e começou com material suficiente para a produção de cem vassouras.
"Já estamos recebendo mais matéria-prima, como a madeira para o cabo e o suporte da vassoura, que ainda não estamos preparando totalmente aqui, pois o material inicial já transformamos", afirma Wanderley Marques, coordenador de meio ambiente da Secretaria Municipal de Agricultura. A Secretaria realiza o projeto a Secretaria Municipal de Assistência Social.
A meta do projeto é trabalhar com dez pessoas e produzir em média 120 vassouras ecológicas por semana. Por enquanto, seis pessoas, todas beneficiárias do Bolsa Família e maiores de 18 anos - um requisito do Programa - estão atuando na fábrica.
Eles foram capacitados e receberão toda a renda com a venda das vassouras. "A comercialização é responsabilidade nossa e eles já estão trabalhando para atender várias encomendas", informa Marques, ressaltando que contatos estão sendo feitos também com a rede municipal de educação e com a empresa responsável pela limpeza pública, para firmar parcerias e negócios acerca do produto.
Para Francisca Robênia, que está trabalhando na fábrica, cuidar do meio ambiente e aliar renda é gratificante. "Penso no que vou ganhar com a produção e venda, mas o que me veio primeiro ao pensamento foi que reciclar essas garrafas é contribuir com o meio ambiente e também diminuir a dengue, porque são menos garrafas nas ruas acumulando água, impedindo o aparecimento de mais mosquitos", reflete. A nova operária reside no Conjunto Santa Terezinha, bairro Planaltina.
Valter Aurélio também reside no mesmo bairro e há uma semana veio trabalhar na produção de vassouras. Estava desempregado desde o fechamento de uma fábrica de calçados que atuou na cidade, desativada há mais de três anos. Aguarda obtenção de renda com a nova atividade. "Estou gostando e aprendendo a fazer as vassouras. Espero um ganho razoável", afirma.
Produção
Para se transformar em vassoura, a garrafa passa por várias fases. Todo o processo é artesanal, com máquinas e furadeiras. Primeiro a garrafa é lavada. Daí começa o processo de reciclagem, quando a garrafa é desfiletada, ou seja, transformada em fio. Nessa fase sobram a base, o gogó e a tampa, que segundo o coordenador são armazenados e comercializados.
A antiga garrafa, agora transformada em fio, é enrolada em um bastidor de madeira. A segunda fase do processo consta de aquecimento do fio no forno, para que o fio ganhe maior resistência. Daí os fios são separados em blocos e, por último, colocados no suporte de madeira e cabo, que foram anteriormente preparados nas furadeiras.
Troca por muda
As vassouras ecológicas são sendo fabricadas em dois tamanhos, 24cm e 40cm, e comercializadas a R$ 4,00 e R$ 6,00, respectivamente. Para vendas em grande quantidade, esses valores podem ser reduzidos. Informa, também, que a população pode colaborar com a doação de garrafas pet, principal matéria-prima das vassouras. Para isso, basta manter contato com a Secretaria Municipal de Agricultura. Quem doar acima de dez garrafas recebe uma muda de planta.
MAIS INFORMAÇÕES
Secretaria de Agricultura de Crateús: (88) 3691.2127 / 9244.1230
Fábrica de Vassouras fica no Centro de Treinamento Dom Antônio Fragoso
SILVANIA CLAUDINO
REPÓRTER
Crateús. Preservar o meio ambiente e gerar renda. Estas são as finalidades da Fábrica de Vassouras Ecológicas, feitas de garrafas pet, cujo funcionamento iniciou há quinze dias. A ação pode parecer simples, mas representa o início de um vantajoso trabalho para o meio ambiente e para famílias assistidas pelo Programa Bolsa Família. Foram investidos na unidade R$ 14 mil, com recursos oriundos do programa federal, e começou com material suficiente para a produção de cem vassouras.
"Já estamos recebendo mais matéria-prima, como a madeira para o cabo e o suporte da vassoura, que ainda não estamos preparando totalmente aqui, pois o material inicial já transformamos", afirma Wanderley Marques, coordenador de meio ambiente da Secretaria Municipal de Agricultura. A Secretaria realiza o projeto a Secretaria Municipal de Assistência Social.
A meta do projeto é trabalhar com dez pessoas e produzir em média 120 vassouras ecológicas por semana. Por enquanto, seis pessoas, todas beneficiárias do Bolsa Família e maiores de 18 anos - um requisito do Programa - estão atuando na fábrica.
Eles foram capacitados e receberão toda a renda com a venda das vassouras. "A comercialização é responsabilidade nossa e eles já estão trabalhando para atender várias encomendas", informa Marques, ressaltando que contatos estão sendo feitos também com a rede municipal de educação e com a empresa responsável pela limpeza pública, para firmar parcerias e negócios acerca do produto.
Para Francisca Robênia, que está trabalhando na fábrica, cuidar do meio ambiente e aliar renda é gratificante. "Penso no que vou ganhar com a produção e venda, mas o que me veio primeiro ao pensamento foi que reciclar essas garrafas é contribuir com o meio ambiente e também diminuir a dengue, porque são menos garrafas nas ruas acumulando água, impedindo o aparecimento de mais mosquitos", reflete. A nova operária reside no Conjunto Santa Terezinha, bairro Planaltina.
Valter Aurélio também reside no mesmo bairro e há uma semana veio trabalhar na produção de vassouras. Estava desempregado desde o fechamento de uma fábrica de calçados que atuou na cidade, desativada há mais de três anos. Aguarda obtenção de renda com a nova atividade. "Estou gostando e aprendendo a fazer as vassouras. Espero um ganho razoável", afirma.
Produção
Para se transformar em vassoura, a garrafa passa por várias fases. Todo o processo é artesanal, com máquinas e furadeiras. Primeiro a garrafa é lavada. Daí começa o processo de reciclagem, quando a garrafa é desfiletada, ou seja, transformada em fio. Nessa fase sobram a base, o gogó e a tampa, que segundo o coordenador são armazenados e comercializados.
A antiga garrafa, agora transformada em fio, é enrolada em um bastidor de madeira. A segunda fase do processo consta de aquecimento do fio no forno, para que o fio ganhe maior resistência. Daí os fios são separados em blocos e, por último, colocados no suporte de madeira e cabo, que foram anteriormente preparados nas furadeiras.
Troca por muda
As vassouras ecológicas são sendo fabricadas em dois tamanhos, 24cm e 40cm, e comercializadas a R$ 4,00 e R$ 6,00, respectivamente. Para vendas em grande quantidade, esses valores podem ser reduzidos. Informa, também, que a população pode colaborar com a doação de garrafas pet, principal matéria-prima das vassouras. Para isso, basta manter contato com a Secretaria Municipal de Agricultura. Quem doar acima de dez garrafas recebe uma muda de planta.
MAIS INFORMAÇÕES
Secretaria de Agricultura de Crateús: (88) 3691.2127 / 9244.1230
Fábrica de Vassouras fica no Centro de Treinamento Dom Antônio Fragoso
SILVANIA CLAUDINO
REPÓRTER