Cheia do Rio Salgado provoca destruições
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A última cheia do Rio Salgado ocorreu em fevereiro de 2004. Agora, o aumento do volume causa preocupação
Icó. O Rio Salgado aumentou consideravelmente seu volume hídrico em decorrência das últimas chuvas que banham a região. As águas estão cinco metros acima do leito. A cheia trouxe prejuízos para os moradores de Lavras da Mangabeira, Aurora e Icó. Centenas de casas foram inundadas, 10 caíram e há mais de 150 famílias desabrigadas, nos municípios. Na zona rural, lavouras de milho, feijão, arroz e fruteiras foram atingidas.
Os moradores da cidade de Lavras da Mangabeira foram surpreendidos desde a noite da segunda-feira com a cheia do Rio Salgado. O Açude Rosário transbordou com uma lâmina de 1,5 metros e contribuiu para aumentar ainda mais o nível das águas. O resultado foi uma enchente que atingiu o centro da cidade e o bairro Alemrio.
Dez casas caíram, sendo oito no Centro da cidade. Lojas, repartições públicas e residências ficaram inundadas. A manhã de ontem foi de intensa movimentação em Lavas da Mangabeira. A topografia plana e baixa da cidade favorece a enchente. De acordo com informações do radialista Paulo César de Carvalho, da rádio Vale do Salgado, a praça em frente à Igreja Matriz, a Prefeitura, bancos e até a cadeia pública ficaram inundadas.
Treze presos foram transferidos para as cidades de Icó, Barro e Aurora. O gabinete da Prefeitura ficou com uma lâmina de quase um metro de água. O dia de ontem foi de intensa movimentação. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil do Município com apoio da Defesa Civil do Estado ajudou na transferência das famílias desabrigadas para várias escolas.
Houve apoio até de helicóptero para retirada de famílias do distrito Iboreti que fica entre as cidades de Lavras da Mangabeira e Aurora. A prefeita Dena Oliveira passou o dia coordenando as ações de socorro às famílias, que incluíram distribuição de colchões, agasalhos e alimentos. Uma equipe do Corpo de Bombeiros da Seção de Combate a Incêndios de Iguatu foi enviada para reforçar a assistência às famílias. Desde ontem as aulas estão suspensas no município.
A cheia do Rio Salgado chegou, ontem, pela manhã, à cidade de Icó, deixando, também, um rastro de destruição. A área mais atingida é o Conjunto Habitacional Pedrinhas, que fica na margem do rio, no perímetro Irrigado Icó-Lima Campos. Na manhã de ontem, nove casas foram inundadas e os moradores ficaram apreensivos e desesperados.
Vinte famílias conseguiram retirar móveis e utensílios domésticos utilizando caminhões, carroças e camionetas de particulares e cedidos pela Prefeitura. O dia de ontem foi de intensa movimentação. “A água chegou de uma vez, pela madrugada, entrando em casa, mas deu tempo tirar os móveis”, contou o agricultor, Francisco Batista de Oliveira.
O temor dos moradores é com relação ao dique de proteção do Rio Salgado. No fim da manhã de ontem parte do dique começou a ceder e um trator trabalhou no reforço da parede. Se houver o transbordamento das águas haverá inundação do centro da agrovila Pedrinhas e uma maior destruição de áreas de cultivo de arroz, banana, milho e feijão.
Na manhã de ontem, o nível do Salgado subia em média 40cm por hora. Além da agrovila Pedrinhas, a cheia atingiu os bairros DNER e parte da Rua Senhor do Bonfim, na margem direita do rio. A Coordenadoria de Defesa Civil contabilizou pelo menos 20 casas atingidas no município. As famílias desabrigadas foram transferidas para escolas municipais. As aulas foram suspensas. A Prefeitura começou a distribuir colchões, alimentos, remédios e vacinas. “Se o quadro piorar vamos decretar emergência”, disse o prefeito Jaime Júnior.
PRECIPITAÇÕES
Defesa Civil do Estado sobrevoa Cariri para avaliar estragos
Fortaleza. O coordenador-executivo da Defesa Civil do Estado, coronel Henrique José Silva Santos, sobrevoou ontem a região do Cariri para avaliar os estragos decorrentes das últimas chuvas registradas naquela área do Ceará. Até o fechamento desta edição (15h), nenhum município havia decretado estado de calamidade pública ou de emergência em virtude das precipitações ocorridas nos últimos dias.
Nos municípios de Caririaçu, Crato, Lavras da Mangabeira, Brejo Santo e Aurora, estava sendo feita ontem a Avaliação de Danos (Avadan) dos problemas causados pelas chuvas. Técnicos das respectivas Defesas Civis municipais realizavam o trabalho, com o apoio dos peritos do órgão estadual.
Segundo a assessora técnica da Defesa Civil do Estado, Maria Ioneide Araújo, os estragos registrados na Avadan variam numa escala de 1 a 4. Se o último grau for detectado, o município entra em calamidade pública. No nível 3, pode ser decretada calamidade ou emergência, dependendo dos agravantes. Para a intensidade 2, a situação é de emergência. Do primeiro nível, é deduzido acidente natural.
Ioneide explica que a disponibilidade econômica do município também influi na avaliação do nível de intensidade do desastre. Na tarde da última segunda-feira, a Defesa Civil do Estado enviou, por e-mail, a todos os municípios cearenses um alerta sobre a necessidade de retirar moradores de áreas de risco para evitar danos humanos. O aviso baseava-se na previsão de chuvas da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) e em um alerta da Secretaria Nacional de Defesa Civil.
Vale ressaltar que aproximadamente 50 municípios do Ceará estão em situação de emergência, mas ainda devido à estiagem. A Defesa Civil esclarece, porém, que esse número será atualizado nesta semana e deverá ser bastante reduzido por conta das chuvas.
Açudes
Conforme a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado (Cogerh), 12 dos 127 açudes do Ceará estavam sangrando, até o fechamento desta edição. Das 7 horas da última segunda-feira às 7 horas de ontem, a Funceme registrou chuvas em 103 municípios do Ceará. A maior delas foi no município de Santa Quitéria, onde foram registrados 90,4mm. Segundo o secretário de Agricultura de Santa Quitéria, Eufrásio Aragão Magalhães, as precipitações não causaram graves problemas.
Mais informações:
Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec)
Fortaleza (CE)
(85) 3101.4571
Central de Atendimento: 199
INUNDAÇÕES E DESABAMENTOS
Situação é crítica em municípios do Cariri
Juazeiro do Norte. A situação de vários municípios do Cariri é preocupante com a freqüência das grandes chuvas na região. Nos municípios de Aurora e Caririaçu os prejuízos são incalculáveis. Até ontem pela manhã ainda faltava a avaliação da Defesa Civil, para oficialização do estado de calamidade pública. Os prefeitos dizem que não podem arcar com os gastos que deverão ter nos próximos dias.
Uma cratera com cerca de 15 metros de largura por 8 de profundidade foi aberta na altura do km-1 da CE-380, trecho que liga o Distrito de Cuncas a BR-116, após as chuvas registradas durante o último final de semana no município de Barro.
São estradas interditadas, passagens molhadas destruídas, pessoas desabrigadas, perdas de lavouras e estudantes sem aulas, por conta da inviabilidade de tráfego na zona rural. A previsão de mais chuvas, no caso de Juazeiro do Norte, segundo o secretário de Meio Ambiente, Francisco Silva Lima, é preocupante. “Se as chuvas continuarem com a mesma intensidade, toda a zona rural da cidade será interditada”.
Em Aurora, o prefeito Carlos Macedo anunciou que iria decretar estado de calamidade pública ainda ontem, devido à cheia do Rio Salgado. O maior distrito do município, Ingazeiras, há mais de quatro dias se encontra interditado, sem a menor condição de tráfego. Na localidade há vários desabrigados, pois dezenas de casas desabaram. As pessoas tiveram suas residências invadidas pelas águas e perderam móveis e eletrodomésticos.
Em Caririaçu mais de 300 alunos estão sem condições de freqüentar as escolas, principalmente as do Ensino Médio. O prefeito diz que a situação é desesperadora e não tem condições de bancar a recuperação de estradas na sede e zona rural. Quatro pontes caíram na estrada onde vai passar a rodovia Padre Cícero, projeto do governo do Estado que encurtará a distância entre o Cariri e Fortaleza. Pelo menos 14 famílias estão desabrigadas.
Deslizamentos de terra no sopé da serra foram registrados em Brejo Santo. A estrada que liga o distrito de São Sebastião ao município foi praticamente destruída, quase impossibilitada de tráfego. Em Barbalha, o prefeito Rommel Feijó afirma que a situação é preocupante mas está longe de virar calamidade. A média de chuvas anual na cidade é de 800 milímetros. Entre dezembro e março já foram registrados mais de 1.200 milímetros. Calçamentos estão prejudicados, casas de taipa desabaram, asfaltos com buracos são comuns. Na zona rural há dificuldade de tráfego.
Em Crato, a administração local tem como principal preocupação as cheias do Canal do Rio Granjeiro. Em várias áreas já destruídas pelas chuvas foram feitos reparos, não finalizados. Em alguns trechos as ruas estão praticamente interditadas. Entre os municípios de Crato e Juazeiro do Norte buracos e lama, ausência de sinalização e perigo constante para os motoristas que trafegam pelo local. Os bairro Lagoa Seca e Antônio Vieira são os mais preocupantes em Juazeiro.
Chuvas no Ceará
Cidade - mm
Santa Quitéria 90.4
Mauriti 83
Apuiarés 61
Meruoca 56
Croatá 54.5
Aurora 54
Camocim 48
Abaiara 46
Orós 43
Irauçuba 41.2
Ipaumirim 40.6
Novo Oriente 38.7
Acaraú 38.2
Guaraciaba do Norte 35
Pindoretama 35
Ipu 34.4
Barbalha 34
Ipueiras 33
Cratéus 32.2
Catunda 32
Cedro 31.2
Pentecoste 31.2
Boa Viagem 31
Jardim 30
Aratuba 28
Beberibe 28
Caririaçu 28
Granja 28
Reriutaba 27
Tianguá 26.3
Jaguaribara 25.3
Barro 25
Aracati 24.8
Carnaubal 24
Icó 24
Missão Velha 24
Milagres 23.2
Juazeiro do Norte 23
Icó. O Rio Salgado aumentou consideravelmente seu volume hídrico em decorrência das últimas chuvas que banham a região. As águas estão cinco metros acima do leito. A cheia trouxe prejuízos para os moradores de Lavras da Mangabeira, Aurora e Icó. Centenas de casas foram inundadas, 10 caíram e há mais de 150 famílias desabrigadas, nos municípios. Na zona rural, lavouras de milho, feijão, arroz e fruteiras foram atingidas.
Os moradores da cidade de Lavras da Mangabeira foram surpreendidos desde a noite da segunda-feira com a cheia do Rio Salgado. O Açude Rosário transbordou com uma lâmina de 1,5 metros e contribuiu para aumentar ainda mais o nível das águas. O resultado foi uma enchente que atingiu o centro da cidade e o bairro Alemrio.
Dez casas caíram, sendo oito no Centro da cidade. Lojas, repartições públicas e residências ficaram inundadas. A manhã de ontem foi de intensa movimentação em Lavas da Mangabeira. A topografia plana e baixa da cidade favorece a enchente. De acordo com informações do radialista Paulo César de Carvalho, da rádio Vale do Salgado, a praça em frente à Igreja Matriz, a Prefeitura, bancos e até a cadeia pública ficaram inundadas.
Treze presos foram transferidos para as cidades de Icó, Barro e Aurora. O gabinete da Prefeitura ficou com uma lâmina de quase um metro de água. O dia de ontem foi de intensa movimentação. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil do Município com apoio da Defesa Civil do Estado ajudou na transferência das famílias desabrigadas para várias escolas.
Houve apoio até de helicóptero para retirada de famílias do distrito Iboreti que fica entre as cidades de Lavras da Mangabeira e Aurora. A prefeita Dena Oliveira passou o dia coordenando as ações de socorro às famílias, que incluíram distribuição de colchões, agasalhos e alimentos. Uma equipe do Corpo de Bombeiros da Seção de Combate a Incêndios de Iguatu foi enviada para reforçar a assistência às famílias. Desde ontem as aulas estão suspensas no município.
A cheia do Rio Salgado chegou, ontem, pela manhã, à cidade de Icó, deixando, também, um rastro de destruição. A área mais atingida é o Conjunto Habitacional Pedrinhas, que fica na margem do rio, no perímetro Irrigado Icó-Lima Campos. Na manhã de ontem, nove casas foram inundadas e os moradores ficaram apreensivos e desesperados.
Vinte famílias conseguiram retirar móveis e utensílios domésticos utilizando caminhões, carroças e camionetas de particulares e cedidos pela Prefeitura. O dia de ontem foi de intensa movimentação. “A água chegou de uma vez, pela madrugada, entrando em casa, mas deu tempo tirar os móveis”, contou o agricultor, Francisco Batista de Oliveira.
O temor dos moradores é com relação ao dique de proteção do Rio Salgado. No fim da manhã de ontem parte do dique começou a ceder e um trator trabalhou no reforço da parede. Se houver o transbordamento das águas haverá inundação do centro da agrovila Pedrinhas e uma maior destruição de áreas de cultivo de arroz, banana, milho e feijão.
Na manhã de ontem, o nível do Salgado subia em média 40cm por hora. Além da agrovila Pedrinhas, a cheia atingiu os bairros DNER e parte da Rua Senhor do Bonfim, na margem direita do rio. A Coordenadoria de Defesa Civil contabilizou pelo menos 20 casas atingidas no município. As famílias desabrigadas foram transferidas para escolas municipais. As aulas foram suspensas. A Prefeitura começou a distribuir colchões, alimentos, remédios e vacinas. “Se o quadro piorar vamos decretar emergência”, disse o prefeito Jaime Júnior.
PRECIPITAÇÕES
Defesa Civil do Estado sobrevoa Cariri para avaliar estragos
Fortaleza. O coordenador-executivo da Defesa Civil do Estado, coronel Henrique José Silva Santos, sobrevoou ontem a região do Cariri para avaliar os estragos decorrentes das últimas chuvas registradas naquela área do Ceará. Até o fechamento desta edição (15h), nenhum município havia decretado estado de calamidade pública ou de emergência em virtude das precipitações ocorridas nos últimos dias.
Nos municípios de Caririaçu, Crato, Lavras da Mangabeira, Brejo Santo e Aurora, estava sendo feita ontem a Avaliação de Danos (Avadan) dos problemas causados pelas chuvas. Técnicos das respectivas Defesas Civis municipais realizavam o trabalho, com o apoio dos peritos do órgão estadual.
Segundo a assessora técnica da Defesa Civil do Estado, Maria Ioneide Araújo, os estragos registrados na Avadan variam numa escala de 1 a 4. Se o último grau for detectado, o município entra em calamidade pública. No nível 3, pode ser decretada calamidade ou emergência, dependendo dos agravantes. Para a intensidade 2, a situação é de emergência. Do primeiro nível, é deduzido acidente natural.
Ioneide explica que a disponibilidade econômica do município também influi na avaliação do nível de intensidade do desastre. Na tarde da última segunda-feira, a Defesa Civil do Estado enviou, por e-mail, a todos os municípios cearenses um alerta sobre a necessidade de retirar moradores de áreas de risco para evitar danos humanos. O aviso baseava-se na previsão de chuvas da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) e em um alerta da Secretaria Nacional de Defesa Civil.
Vale ressaltar que aproximadamente 50 municípios do Ceará estão em situação de emergência, mas ainda devido à estiagem. A Defesa Civil esclarece, porém, que esse número será atualizado nesta semana e deverá ser bastante reduzido por conta das chuvas.
Açudes
Conforme a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado (Cogerh), 12 dos 127 açudes do Ceará estavam sangrando, até o fechamento desta edição. Das 7 horas da última segunda-feira às 7 horas de ontem, a Funceme registrou chuvas em 103 municípios do Ceará. A maior delas foi no município de Santa Quitéria, onde foram registrados 90,4mm. Segundo o secretário de Agricultura de Santa Quitéria, Eufrásio Aragão Magalhães, as precipitações não causaram graves problemas.
Mais informações:
Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec)
Fortaleza (CE)
(85) 3101.4571
Central de Atendimento: 199
INUNDAÇÕES E DESABAMENTOS
Situação é crítica em municípios do Cariri
Juazeiro do Norte. A situação de vários municípios do Cariri é preocupante com a freqüência das grandes chuvas na região. Nos municípios de Aurora e Caririaçu os prejuízos são incalculáveis. Até ontem pela manhã ainda faltava a avaliação da Defesa Civil, para oficialização do estado de calamidade pública. Os prefeitos dizem que não podem arcar com os gastos que deverão ter nos próximos dias.
Uma cratera com cerca de 15 metros de largura por 8 de profundidade foi aberta na altura do km-1 da CE-380, trecho que liga o Distrito de Cuncas a BR-116, após as chuvas registradas durante o último final de semana no município de Barro.
São estradas interditadas, passagens molhadas destruídas, pessoas desabrigadas, perdas de lavouras e estudantes sem aulas, por conta da inviabilidade de tráfego na zona rural. A previsão de mais chuvas, no caso de Juazeiro do Norte, segundo o secretário de Meio Ambiente, Francisco Silva Lima, é preocupante. “Se as chuvas continuarem com a mesma intensidade, toda a zona rural da cidade será interditada”.
Em Aurora, o prefeito Carlos Macedo anunciou que iria decretar estado de calamidade pública ainda ontem, devido à cheia do Rio Salgado. O maior distrito do município, Ingazeiras, há mais de quatro dias se encontra interditado, sem a menor condição de tráfego. Na localidade há vários desabrigados, pois dezenas de casas desabaram. As pessoas tiveram suas residências invadidas pelas águas e perderam móveis e eletrodomésticos.
Em Caririaçu mais de 300 alunos estão sem condições de freqüentar as escolas, principalmente as do Ensino Médio. O prefeito diz que a situação é desesperadora e não tem condições de bancar a recuperação de estradas na sede e zona rural. Quatro pontes caíram na estrada onde vai passar a rodovia Padre Cícero, projeto do governo do Estado que encurtará a distância entre o Cariri e Fortaleza. Pelo menos 14 famílias estão desabrigadas.
Deslizamentos de terra no sopé da serra foram registrados em Brejo Santo. A estrada que liga o distrito de São Sebastião ao município foi praticamente destruída, quase impossibilitada de tráfego. Em Barbalha, o prefeito Rommel Feijó afirma que a situação é preocupante mas está longe de virar calamidade. A média de chuvas anual na cidade é de 800 milímetros. Entre dezembro e março já foram registrados mais de 1.200 milímetros. Calçamentos estão prejudicados, casas de taipa desabaram, asfaltos com buracos são comuns. Na zona rural há dificuldade de tráfego.
Em Crato, a administração local tem como principal preocupação as cheias do Canal do Rio Granjeiro. Em várias áreas já destruídas pelas chuvas foram feitos reparos, não finalizados. Em alguns trechos as ruas estão praticamente interditadas. Entre os municípios de Crato e Juazeiro do Norte buracos e lama, ausência de sinalização e perigo constante para os motoristas que trafegam pelo local. Os bairro Lagoa Seca e Antônio Vieira são os mais preocupantes em Juazeiro.
Chuvas no Ceará
Cidade - mm
Santa Quitéria 90.4
Mauriti 83
Apuiarés 61
Meruoca 56
Croatá 54.5
Aurora 54
Camocim 48
Abaiara 46
Orós 43
Irauçuba 41.2
Ipaumirim 40.6
Novo Oriente 38.7
Acaraú 38.2
Guaraciaba do Norte 35
Pindoretama 35
Ipu 34.4
Barbalha 34
Ipueiras 33
Cratéus 32.2
Catunda 32
Cedro 31.2
Pentecoste 31.2
Boa Viagem 31
Jardim 30
Aratuba 28
Beberibe 28
Caririaçu 28
Granja 28
Reriutaba 27
Tianguá 26.3
Jaguaribara 25.3
Barro 25
Aracati 24.8
Carnaubal 24
Icó 24
Missão Velha 24
Milagres 23.2
Juazeiro do Norte 23