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'Se o PT lançar um candidato, o PL estará do outro lado', diz Carmelo sobre eleição no Interior

O dirigente acredita que não será necessário sequer interferir a nível municipal para evitar cenários assim

Escrito por Ingrid Campos , ingrid.campos@svm.com.br
Carmelo Neto
Legenda: Carmelo Neto, presidente do PL Ceará.
Foto: Ismael Soares

Recém-empossado presidente estadual do PL, o deputado estadual Carmelo Neto criticou políticos que migraram da oposição para a base dos governos petistas nos últimos anos e indicou que o partido não fará parceria com o PT nos municípios cearenses, independente da realidade local. 

"Tudo pode ser possível, menos uma aliança do PL com o PT. Isso é uma determinação nacional do partido, que vale em todo o País, e eu, como presidente estadual, vou fazer valer essa determinação a rigor aqui no Estado. Não coliga com o PT, não faz acordo com o PT, não participa de nenhum alinhamento com o PT em nenhum município", assinalou Carmelo.

A declaração foi dada pelo parlamentar durante entrevista aos editores e colunistas de Política do Diário do Nordeste, Jéssica Welma e Wagner Mendes, durante a live do PontoPoder nesta quinta-feira (30).

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O dirigente acredita que não será necessário sequer interferir a nível municipal para evitar cenários assim, pois avalia que seus filiados estão bem cientes dessa resolução. "Se o PT lançar um candidato, pode ter certeza que o PL estará do outro lado", completou.

Carmelo ainda informou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve vir ao Ceará em 2024 para reforçar as campanhas municipais, sobretudo na Região Metropolitana. A visita deve ocorrer no primeiro semestre. 

Novo momento do PL

A declaração de Carmelo é emblemática porque representa um novo momento do partido no Ceará. Mesmo após a filiação de Bolsonaro, em 2021, a legenda manteve uma posição pragmática nos municípios, ainda que estivesse formalmente na oposição ao Governo do Estado, sob o PT.

Isso porque, até a última semana, o PL Ceará era presidido por Acilon Gonçalves, prefeito de Eusébio e figura experiente na política local. O então dirigente mantinha uma relação cordial com o ex-governador Camilo Santana (PT), tanto é que alguns filiados compunham a base da gestão.

A troca por Carmelo coloca a sigla em caminho alinhado ao bolsonarismo, e deve ditar profundamente as relações daqui para frente. Sabe-se que dinâmicas nacionais entre os partidos não costumam impactar tão fortemente as tratativas no interior do Estado, sobretudo em cidades menores e sobre questões relacionadas ao espectro ideológico.

Contudo, o deputado estadual foi claro ao indicar a conduta. Inclusive, ainda na entrevista à Live do PontoPoder, o presidente do PL-CE afirmou que os deputados correligionários já estão cientes sobre a resolução quando forem coordenar negociações e campanhas Ceará afora.

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